Os policiais civis do Ceará em greve terão o salário descontado por faltas durante as paralisações da categoria, retomada em 15 de outubro, de acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas.
Segundo Dantas, a decisão foi tomada em conjunto pelo Governo do Estado, Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Polícia Civil, e Secretaria de Planejamento do Ceará (Seplag), que faz o pagamento dos policiais.
"Um funcionário tem o salário descontado quando falta, no serviço público é a mesma coisa", explica Carlos Dantas. Na sexta-feira (25), o chefe de gabinete da Polícia Civil, Antônio Castelo, havia dito que "no entendimento do Governo", a greve de servidores da Polícia Civil é ilegal, por isso, de acordo com a Superintedência da Polícia Civil, o corte por falta é regular.
A presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci), Inês Romero, afirma que o sindicato cumpre todos os parâmetros para que a greve seja considerada legal. De acordo com ela, atualmente 40% da categoria trabalha, quando a lei exige que pelo menos 30% da categoria cumpra agenda.
"A greve é totalmente legal e organizada. Essa decisão (de reduzir salário por falta) é bastante arbitrária. Esse é o presente de Natal que o governador nos deu", diz Inês.
Histórico da greve
A greve dos policiais civis no Ceará começou no dia 2 de julho e foi decretada ilegal em 5 de julho pela 6ª Vara da Justiça. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a decisão judicial que determina a greve como ilegal. O STF entendeu que o juiz da 6ª Vara não tinha competência para julgar a greve dos policiais civis. "No entendimento do Governo do Estado, a derrubada da decisão não retira a ilegalidade da greve", havia Antônio Castelo, na semana passada.
Fonte: G1
CAMOCIM POLÍCIA24HS
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