17 de junho de 2011

TIROTEIO E MORTE NO MONTESE

Segundo a Polícia, acusados se preparavam para resgatar presos no 27º DP. A perseguição terminou em confronto
Uma perseguição policial na tarde de ontem pelas ruas dos bairros Jóquei Clube e Montese culminou em suposto tiroteio, que resultou na morte de um homem e deixou outro baleado. Além disso, um terceiro suspeito foi detido e outro conseguiu fugir. Segundo a Polícia, o grupo estava a bordo de um veículo Celta e se preparava para resgatar presos recolhidos nos xadrezes do 27º DP (João XXIII).

A delegada Lindalva Lima, titular do 3º DP (Otávio Bonfim), esteve no local do crime e revelou que inspetores do 27º DP disseram ter recebido a denúncia de que quatro homens armados estavam a bordo de um veículo na Avenida Carneiro de Mendonça, no Jóquei Clube, se preparando para invadir a distrital e resgatar presos recolhidos ali. 


 
Ao checar a informação em uma viatura descaracterizada, os policiais civis relataram ter encontrado os suspeitos, mas eles conseguiram fugir.

Uma perseguição policial teve início e se estendeu até o cruzamento da Rua Venezuela com Avenida Gomes de Matos, no Montese, onde conforme os inspetores, ocorreu um intenso tiroteio. Os suspeitos seguiram no veículo até a Rua Pedro Machado. Lá, Francisco Wandergleisson Silva Rocha, 31, tombou morto ao lado do Celta de placas HWU-8094 (CE).

O irmão dele, Francisco Inácio Silva Rocha, 32, que também estava no automóvel, baleado nas costas, foi levado para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro) por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Equipes do Comando Tático Motorizado (Cotam), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), foram acionadas para dar apoio aos policiais civis e, após um cerco policial na região, localizaram um homem ensanguentado.

Tratava-se de Gregório Ferreira, 33. Ele, que afirmou ser proprietário de uma churrascaria e da banda de forró ´Os mascarados´, disse ter ajudado no socorro a uma das vítimas.

Contudo, de acordo com a Polícia, Gregório já tem antecedentes criminais e era o homem que conduzia o Celta. Sem camisa e com sangue no rosto e na roupa, ele foi detido pela PM.

Em uma casa, na Travessa Solonópole, que, conforme os militares, servia de base para a quadrilha, as equipes do Cotam, comandadas pelo capitão Roberto, subtenente Carlos, cabo William e sargento Paulo Ferreira, localizaram 42 cartões de crédito clonados e furtados, além de um ´chupa-cabra´.

A investigação, iniciada logo após o fato, sob a coordenação da delegada Lindalva Lima e do diretor adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Franco Pinheiro, tentava montar o quebra-cabeça. "Todos os suspeitos têm extensa ficha criminal. Os dois que estão detidos serão autuados por desobediência, resistência à prisão e formação de quadrilha, pois está caracterizado que eles se reuniam para a prática de crimes".

A delegada afirmou que as armas utilizadas pelos suspeitos ainda não foram encontradas, mas os moradores que presenciaram o assalto estão sendo convocados para depor sobre o fato. Segundo Lima, o quarto suspeito de fazer parte do bando foi identificado pela Polícia, como sendo Willemberg Dias da Silva, 32. Ele não foi localizado até a noite de ontem.

Advogado
O advogado Michel Coutinho, que representa Gregório Ferreira, disse que não houve tiroteio. "Não foram encontradas armas com eles (suspeitos). Além disso, o veículo usado pela Polícia foi periciado e não foram encontradas marcas de tiro".
Fonte: DN

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