Magistrado também é suspeito de vender
sentenças para soltar criminosos durante plantões no Tribunal de Justiça do
Ceará.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou
o desembargador Carlos Rodrigues Feitosa, do Tribunal de Justiça do Ceará
(TJCE), pelo crime de concussão (ou seja, extorsão de funcionários). O
magistrado também responde a ações penais em decorrência da Operação Expresso
150, que desarticulou um esquema de corrupção de venda de sentença para soltar
criminosos nos plantões do Poder Judiciário.
O G1 procurou a defesa do réu, mas as
ligações não foram atendidas até o momento.
O desembargador foi condenado com uma pena de
três anos, dez meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, na
última quinta-feira (14). O magistrado é acusado de exigir vantagens para ao
menos dois funcionários, seguidas vezes.
Carlos Feitosa pode perder o cargo público de
desembargador de Tribunal de Justiça. O STJ também julga a medida. Na sessão de
quinta-feira (14), dois ministros votaram a favor da perda do cargo, mas outro
membro do Tribunal pediu vista regimental, e o julgamento foi adiado.
O TJCE paga R$ 43 mil mensais a Carlos
Feitosa. Em agosto de 2017, já investigado na 'Expresso 150', o Tribunal de
Justiça determinou o pagamento de R$ 102,8 mil de auxílio moradia ao
desembargador. O magistrado chegou a ser afastado das funções, devido as
investigações, mas hoje está aposentado.
Fonte: G1Ce
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