Os corpos dos detentos
mortos a golpes de cossoco ficaram nos corredores da cadeia pública
Dois detentos foram
assassinados na manhã desta quarta-feira (12) durante uma briga entre detentos
seguida de rebelião na Cadeia Pública da cidade de São Gonçalo do Amarante. Na
Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A Polícia Militar e agentes da
Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) já estão no presídio. A situação
no local, porém, ainda é tensa.
As mortes dos presidiários
aconteceram por conta, segundo a Polícia, diante da rivalidade entre membros de
facções criminosas rivais. As ameaças de morte e de confronto já vinham
acontecendo há, pelo menos, duas semanas. Na manhã de hoje, os presos
aproveitaram uma falha na segurança e invadiram as celas dos inimigos.
Dois presos – ainda não
identificados – foram atacados dentro das celas onde estavam recolhidos e
assassinados com dezenas de golpes de cossoco e facas. Os cadáveres ainda foram
arrastados pelos criminosos pelas galerias do presídio, numa demonstração de
força de uma facção que possui vários de seus integrantes detidos naquela
unidade prisional.
Superlotação
Policiais do Destacamento da
PM de São Gonçalo (do 12º BPM) e agentes do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP)
foram acionados para conter a rebelião que se seguiu ao duplo assassinato. A
Sejus não revelou, ainda, se há presos feridos e se houve fugas por ocasião do
motim.
À exemplo de outras unidades
do Sistema Penitenciário, a Cadeia Pública de São Gonçalo do Amarante está com
superlotação e abriga bandidos de facções rivais. As ameaças mútuas de
espancamentos e assassinatos tornaram o clima ali muito tenso nos últimos dias
e perigoso para os agentes responsáveis pela administração e segurança da
unidade.
Fonte: Fernando Ribeiro
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