28 de abril de 2018

“TODOS ESTÃO SUJEITOS AO IMPÉRIO DA LEI”, DIZ PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA APÓS OPERAÇÃO QUE AFASTOU DELEGADO SUSPEITO DE CORRUPÇÃO


Adepol questionou a divulgação do nome dos investigados na Operação Renault 34, realizada pelo Ministério Público do Ceará

O afastamento de um delegado da Polícia Civil, em uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE), e as críticas disparadas pela Associação dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Adepol) contra o órgão acusatório, levaram o procurador-geral de Justiça do Ceará, Plácido Barroso Rios, a lançar, na manhã desta sexta-feira (27), nota pública em que reforça a parceria das duas partes e afirma que "todos estão sujeitos ao império da lei".
"As investigações realizadas pelo Ministério Público do Estado do Ceará têm obedecido os ditames constitucionais e legais, com absoluto respeito aos direitos e garantias fundamentais dos implicados, bem como aos direitos e interesses que pertencem à coletividade. Num Estado de Direito, todos estão sujeitos ao império da lei e quem quer que cometa atos ilícitos deve ser investigado e, conforme o caso, processado e julgado", ressaltou.
O procurador-geral declarou que o MPCE está "cumprindo com o seu dever constitucional" e que "tem investigado e processado todos os autores de atos ilícitos independentemente das funções públicas ou ocupações privadas que exerçam, inclusive seus próprios agentes, numa demonstração de seriedade e isenção no trato dos assuntos públicos".
Na nota, Plácido Rios também diz que o Ministério Público e a Polícia Civil possuem uma parceria histórica, pautada no respeito, e que, juntas, as instituições têm realizado investigações importantes.

MPCE foi criticado por delegados

Em coletiva de imprensa convocada na última quinta-feira (26), a Adepol criticou a divulgação dos nomes dos investigados na Operação Renault 34, realizada pelo Ministério Público do Ceará. O delegado Romério Almeida, titular do 34º DP (Centro), o advogado Hélio Nogueira Bernadino e o detento Anderson Rodrigues da Costa são suspeitos de participarem de um esquema criminoso de corrupção.
O MPCE e a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado (CGD) cumpriram mandados contra os investigados e afastaram o delegado, do seu cargo público, por 60 dias, na última quarta-feira (25).
Na manhã de quinta (26), Romério foi encontrado baleado dentro de sua residência, na Aldeota. Ele foi socorrido a um hospital particular e transferido para o Instituto Doutor José Frota (IJF). O quadro de saúde do policial civil é considerado estável.
 
Fonte: DN

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