Adepol questionou a divulgação do nome dos
investigados na Operação Renault 34, realizada pelo Ministério Público do Ceará
O afastamento de um delegado da Polícia
Civil, em uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE), e as críticas
disparadas pela Associação dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Adepol)
contra o órgão acusatório, levaram o procurador-geral de Justiça do Ceará,
Plácido Barroso Rios, a lançar, na manhã desta sexta-feira (27), nota pública
em que reforça a parceria das duas partes e afirma que "todos estão
sujeitos ao império da lei".
"As investigações realizadas pelo
Ministério Público do Estado do Ceará têm obedecido os ditames constitucionais
e legais, com absoluto respeito aos direitos e garantias fundamentais dos
implicados, bem como aos direitos e interesses que pertencem à coletividade.
Num Estado de Direito, todos estão sujeitos ao império da lei e quem quer que
cometa atos ilícitos deve ser investigado e, conforme o caso, processado e
julgado", ressaltou.
O procurador-geral declarou que o MPCE está
"cumprindo com o seu dever constitucional" e que "tem
investigado e processado todos os autores de atos ilícitos independentemente
das funções públicas ou ocupações privadas que exerçam, inclusive seus próprios
agentes, numa demonstração de seriedade e isenção no trato dos assuntos
públicos".
Na nota, Plácido Rios também diz que o
Ministério Público e a Polícia Civil possuem uma parceria histórica, pautada no
respeito, e que, juntas, as instituições têm realizado investigações
importantes.
MPCE foi criticado por delegados
Em coletiva de imprensa convocada na última
quinta-feira (26), a Adepol criticou a divulgação dos nomes dos investigados na
Operação Renault 34, realizada pelo Ministério Público do Ceará. O delegado
Romério Almeida, titular do 34º DP (Centro), o advogado Hélio Nogueira
Bernadino e o detento Anderson Rodrigues da Costa são suspeitos de participarem
de um esquema criminoso de corrupção.
O MPCE e a Controladoria Geral de Disciplina
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado (CGD)
cumpriram mandados contra os investigados e afastaram o delegado, do seu cargo
público, por 60 dias, na última quarta-feira (25).
Na manhã de quinta (26), Romério foi
encontrado baleado dentro de sua residência, na Aldeota. Ele foi socorrido a um
hospital particular e transferido para o Instituto Doutor José Frota (IJF). O
quadro de saúde do policial civil é considerado estável.
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