Operação do Ministério
Público afastou sete servidores com 'cargos estratégicos' no sistema prisional
do Ceará. Eles também são suspeitos de dificultar fiscalização nas unidades
prisionais.
Os servidores afastados de
"cargos estratégicos" da Secretaria da Justiça, responsável pelo
sistema prisional no Ceará, são suspeitos de formar uma organização para
facilitar a entrada de celulares nos presídios e dificultar as fiscalizações
nas unidades prisionais, conforme o Ministério Público do Estado.
Os servidores afastados são
agentes penitenciários e diretores de unidades prisionais. Dois deles foram
presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo durante operação realizada
nesta segunda-feira (12). As armas foram apreendidas na residência dos
suspeitos, quando promotores e policiais cumpriam mandados de busca e
apreensão.
Os responsáveis também
recebiam dinheiro de presos para mudar os internos de celas, conforme a vontade
dos presos.
O afastamento é de 60 dias.
Nesse período, o Ministério Público vai apurar os indícios dos crimes; caso
sejam confirmadas as suspeitas, o Ministério Público afirma que vai denunciar o
grupo.
"Os suspeitos
participavam ativamente da tomada de decisões relevantes no sistema
penitenciário, buscando a nomeação de integrantes do grupo em cargos
importantes, bem como o afastamento de pessoas alheias à associação criminosa
de funções de direção da Sejus", afirma o Ministério Público.
"Um dos objetivos era
manipular a fiscalização sobre as unidades prisionais quando realizada por
parte de autoridades competentes", continua o órgão.
A maior parte dos crimes de
homicídio no Ceará têm presos com acesso a celulares como mandantes dos
assassinatos, conforme a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Na
semana passada, uma operação identificou e cumpriu mandados de prisão contra 45
mandantes de crimes que já estão presos.
Em nota, a Secretaria da
Justiça do Ceará afirmou que é a "principal interessada" no caso e
diz que cumpriu a determinação judicial de afastamento de sete agentes penitenciários
suspeitos de atuação na organização criminosa.
Afastados na operação:
1 - Edmar de Oliveira Santos,
agente penitenciário e coordenador da Coordenadoria do Sistema Penal (preso por
porte ilegal de arma de fogo);
2 - Celso Murilo Rebouças de
Mendonça, agente penitenciário e coordenador adjunto da Coordenadoria do
Sistema Penal;
3 - Herlano Walquer Falcão
Macieira, agente penitenciário e diretor da Casa de privação provisória de
Liberdade II (preso por porte ilegal de arma de fogo);
4 - Paulo Ednardo Oliveira de
Carvalho, agente penitenciário e coordenador de Patrimônio da Secretaria de
Justiça e Cidadania;
5 - João Augusto de Oliveira
Neto, agente penitenciário;
6 - Mauro César Ximenes Andrade,
agente penitenciário e diretor adjunto da Casa de Privação Provisória de
Liberdade I;
7 - Francisca Celiane de Almeida
Celestino, agente penitenciária e diretora do Centro de Triagem e Observação
Criminológica (CETOC).
iPhone a R$ 1.000
A operação realizada nesta
segunda-feira leva o nome de Masmorras Abertas, em referência ao "fácil
acesso" de presos aos celulares, o que lhes permite comunicação com
"parceiros do crime e agentes penitenciários".
Os celulares inclusive eram
vendidos entre os presos. Um telefone do modelo iPhone valia até R$ 1.000. Os
valores eram depositados na conta do vendedor por familiares do preso que
comprava o aparelho, conforme o Ministério Público.
"Muitos agentes
penitenciários estavam envolvidos em atos de corrupção, notadamente na entrada
de celulares, armas e objetos ilícitos", afirma o coordenador da operação,
promotor Humberto Oliveira.
"Estamos fazendo uma
assepsia, fazer com que o sistema funciona, eliminando ou pelo menos que a
gente minore as consequências nefastas das práticas de corrupção, que são
praticadas de forma contumaz", diz o promotor de justiça de Itaitinga,
onde foi realizada a operação, Luís Bezerra.
Segundo o Ministério
Público, foram realizadas interceptações telefônicas com autorização da
Justiça, e análise de investigações preliminares instauradas na Controladoria
Geral de Disciplina (CGD).
Os servidores afastados
também são suspeitos de associação criminosa, inserção de informações falsas no
sistema de informação da Secretaria da Justiça, corrupção passiva, omissão na
fiscalização de entrada de celulares e material proibido nos presídios e violação
de sigilo profissional.
A investigação do MPCE foi
iniciada em maio de 2016, logo após a crise no sistema penitenciário. Naquele
ano, o Ceará registrou uma sequência de fugas e rebeliões nos presídios, após
uma greve dos agentes penitenciários.
Os trabalhos avançaram em
dezembro de 2017, com a representação dos suspeitos, após a formalização de um
Termo de Cooperação Técnica entre o MPCE e a CGD.
Tortura de presos
Outro crime apontado pelo
Ministério Público é que a organização criminosa formada por agentes e
diretores das unidades torturavam os presos. Quando os internos denunciavam os
casos, nada era feito para apurar e responsabilizar os criminosos.
9 comentários:
Será q existe isso em Camocim????????????????????????????
pq o q não falta é celular e armas na cadeia
CONFIO NOS NOSSOS AGENTES DE Camocim
o servidor publico q fosse pego numa dessa era para apodrecer na cadeia, bolsonaro e a cura pra bandidos, vamos votar em um militar pra nossos guerreiro ter moral, pq desse jeito nao da mais, bolsonaro bolsonaro bolsonaro nosso presidente
Bolsobosta é um enganador e mentiroso.
EU QUE NÃO BOTO MINHAS MÃO NO FOGO E TEM Mais MAUDITO O HOMEM QUE CONFIAR NO OUTRO
EU QUE NÃO BOTO MINHAS MÃO NO FOGO E TEM Mais MAUDITO O HOMEM QUE CONFIAR NO OUTRO
UMA quadrlha desmontada pelo mp parabens era MSM oh agents q fosse pega no ago delituoso crminoso dessert era pra SER punido severamente MSM pra nao por o Nome de todos q fazem a segurança publica no lixo
para governador , TASSO JEREISSATI e CAPITÃO VAGNER.
O agente do estado segue a conduta do governo e a conduta e a corrupção.
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