"O número de
ocorrências é bem sazonal. A gente sabe da permissividade de alguns agentes
penitenciários”, disse Luís Bezerra
A ilegalidade na entrada das mulheres nos
equipamentos do Estado do Ceará também envolve documentos falsos para emissão
da carteira de visitação e agenciadores que lucram com a exploração sexual
"Aquilo é um mundo à parte". A
fala, de uma autoridade ligada à Justiça do Estado do Ceará, sintetiza o que há
dentro dos presídios. Aquém do olhar da sociedade, a rotina nos equipamentos é
feita por regras ditadas por presos. Entre superlotação e esquecimento, os
detentos buscam por meio da corrupção de servidores garantir "luxos"
privados.
A entrada de prostitutas nas unidades
prisionais não é descoberta recente. Porém, a partir da Operação Masmorras
Abertas, deflagrada há duas semanas, foi evidenciado que há participação de
agentes penitenciários. Na maioria dos casos, há servidores que agem
indiretamente cometendo o crime de prevaricação.
Segundo o promotor titular da Comarca de
Itaitinga, Luís Bezerra Lima, existe prostituição em todas as Casas de Privação
Provisória de Liberdade (CPPLs) do Município da Região Metropolitana de
Fortaleza. As investigações do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE)
apontam indícios de que alguns agentes permitam entradas das 'giriquitas', como
são conhecidas as mulheres que entram nos equipamentos e tiram proveito
financeiro em troca de sexo.
"O número de ocorrências é bem sazonal.
A gente sabe que há permissividade de alguns agentes penitenciários",
disse o promotor. Em conversa com uma agente penitenciária, a servidora
explicou, sem detalhar, que já flagrou um dos seus colegas de trabalho, que
ocupa função superior no equipamento, permitindo a entrada.
"Geralmente as prostitutas entram sem
malotes. Aí entram rápido. Tem casos que nem a CGD sabe porque são abafados na
unidade mesmo. Dentro do presídio, a gente bate o olho e vê quem é 'giriquita'.
Sempre bem arrumadas. Chamam mesmo a atenção. Já vão para aquele preso
certo", revelou a agente.
De acordo com uma fonte do MPCE, que optou
por não ser identificada, "existem pessoas que entram nos presídios
autorizadas. Sem cadastro, sem documento, sem nada. Só com contato lá de
dentro. E isso não se resume às grandes penitenciárias. Tem também nas cadeias
do Interior".
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2 comentários:
Sou Agente Penitenciário, honro minha farda, minha profissão, meu nome e minha família. Fico indignado com esses fracos corruptos, q se vendem, tem q ser expulso e preso, temos q cortar na própria carne, é pra se arrombar mesmo ( perdão pelo palavrão)
Esses caras ao invés de dificultar eles fazem cm q a cadeia vire zona
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