Sete suspeitos, dentre eles
dois policiais civis e dois guardas municipais foram presos na manhã de ontem,
em Fortaleza e no Município de Boa Viagem, a cerca de 200Km da Capital. O grupo
foi alvo da Operação Lampana, que investiga fraude no seguro DPVAT na cidade do
Interior.
A operação foi deflagrada
pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) por meio do Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Núcleo de Investigação
Criminal (Nuinc) com a Promotoria de Justiça da Comarca de Boa Viagem e Polícia
Civil do Estado do Ceará para desarticular a quadrilha especializada na prática
de crimes como estelionato, falsidade ideológica e de documento público, uso de
documento falso, corrupção ativa e corrupção passiva.
Os presos foram identificados
como: Maria Clenes Rodrigues (realizava intermediação entre vítimas ou
familiares e a Seguradora Líder); José Waldeci Freitas Vieira (guarda
municipal); Elionésio Ferreira Maciel (realizava intermediação entre vítima ou
familiares e a Seguradora Líder); Adriano Aerre Martins (guarda municipal);
Zilma Ferreira de Castro (policial civil); Antônio Erivando Ribeiro Guedes
(policial civil) e Valdenor Rodrigues da Silva, que também intermediava contato
entre vítima ou família e a Seguradora Líder, se apresentou horas após as
diligências.
Ao todo, foram expedidos
oito mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão. Um suspeito segue
foragido, o médico José Carlos Martins Filho. Foram apreendidos aparelhos
eletrônicos, como celulares e computadores, além de documentos, que devem
auxiliar na investigação das fraudes.
De acordo com o Ministério
Público, a investigação teve início em maio de 2017 após relatos acerca das
ações ilícitas denunciadas por cidadãos de Boa Viagem ao órgão. Devido ao
monitoramento e acompanhamento dos integrantes da organização criminosa foi
possível identificar as ações.
O promotor Marcos William
Leite, que participou da Operação Lampana, detalha que os policiais civis são
escrivães e atuavam em Fortaleza. Segundo o promotor, a dupla era responsável
por emitir Boletins de Ocorrência com fatos que não correspondiam à realidade.
Já os guardas de Boa Viagem elaboravam relatórios de falsos acidentes.
"Os policiais
registravam na Capital acidentes que falsamente aconteciam em Boa Viagem. Com
base nesses documentos os atravessadores instruiam o processo de forma
fraudulenta. Já sabemos de 20 ações do grupo", contou Marcos William.
Também conforme o promotor,
um dos guardas teria confessado toda a ação da quadrilha. O suspeito disse
receber de um atravessador, por mês, de R$ 300 a R$ 500 para participar do
crime.
A Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD)
informou ter participado da execução da Operação Lampana por meio da Delegacia
de Assuntos Internos e acrescentou já ter determinado as devidas apurações
disciplinares contra os servidores públicos.
Fonte: Diário do Nordeste
Um comentário:
Em Barroquinha tem várias pessoas com esse mesmo esquema. Que chegam a arrecadar mais de 100 por mês com a prática criminosa
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