A Controladoria Geral de Disciplina dos
Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD) está investigando
sigilosamente a informação de que um oficial da PM teria comprado,
recentemente, um posto de combustíveis na cidade de Quixadá, no Sertão Central
(a 154Km de Fortaleza). O posto teria sido ofertado ao militar por membros da
quadrilha dos “Pipocas”, bando responsáveis por assaltos e mortes na região e
que tem um braço político, com prefeito e vereadores financiados pelos irmãos
“Pipocas”.
O valor da transação entre o militar e os
quadrilheiros não foi ainda revelado, mas está no âmbito da investigação que
está em andamento na CGD. Também está mantido em sigilo, por enquanto, o nome
do oficial. Ele estaria destacado num batalhão daquela região do interior
cearense.
Os “Pipocas”, segundo investigações da
Inteligência e do Ministério Público, são detentores de vários imóveis e pontos
comerciais na região do Sertão Central e no Vale do Jaguaribe, fruto de
dinheiro arrecadado em ações criminosas. Postos de combustíveis, fazendas,
motéis, casas de forró e outros pontos comerciais funcionariam como “fachada”
para a “lavagem” de dinheiro do crime.
Prisões
A quadrilha dos “Pipocas” é apontada como
envolvida em crimes de tráfico de drogas, assaltos a bancos e carros-fortes,
além da morte de PMs. Em uma semana, ao menos oito pessoas tidas como
integrantes do grupo foram presas e outra acabou morta em operações de
Inteligência do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), através de patrulhas
do Comando Tático Rural (Cotar).
Na semana passada, três integrantes da
quadrilha foram cercados e presos em Quixadá com três fuzis, além de muita
munição e explosivos usados nos ataques a bancos e blindados. Neste fim de semana
passado, outros cinco suspeitos também foram detidos com armas como fuzil,
metralhadora, pistolas e mais artefatos explosivos.
Fonte: Cearanews7
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