O Governo do Ceará foi condenado a R$ 410 mil em 2016, por 7 mortes de presos
entre 2009 e 2015. A conta de 2016 poderá ser alta, já que morreram 85 presos
Bandido bom é bandido morto? Se o senso comum
reforça cada vez mais a máxima como uma realidade desejável por parte da
população, a rotina de presos sendo mortos em presídios cearenses pode custar
caro aos cofres públicos. Em outras palavras, também ao bolso daqueles que
defendem que uma das soluções para a criminalidade é a matança de quem cumpre
pena por crimes.
Levantamento realizado pelo Tribuna do Ceará
mostra que o Estado pode ser bastante penalizado nos próximos anos pela onda de
mortes de presos nos últimos anos.
Em 2016, pelo menos sete famílias de presos
assassinados em presídios, no período entre os anos de 2009 e 2015, conseguiram
na Justiça indenizações após os crimes. Nos despachos, o Governo do Ceará foi
condenado por não garantir a segurança dos homens que estão sob sua custódia.
O levantamento de casos julgados foi feito
pelo Tribuna do Ceará com base no noticiário do site do Tribunal de Justiça do
Ceará. A Secretaria de Justiça do Estado do Ceará (Sejus) não possui um banco
de dados sobre essas indenizações, e o TJ-CE informou que não teria como fazer
esse levantamento.
No total, o TJ-CE condenou o Estado, em 2016,
a R$ 410 mil em indenizações por mortes de presos. Em média, portanto, o
assassinato de cada preso custou R$ 58,5 mil aos cofres públicos.
Pior vem por aí
As decisões da Justiça relativas a mortes de
anos passados expõem uma bomba relógio, que pode estourar nos próximos anos nos
cofres públicos. De acordo com estimativa do Conselho Penitenciário do Estado
do Ceará (Copen), somente em 2016, pelo menos 85 internos do sistema prisional
do Ceará morreram dentro nas dependências das unidades. A Sejus não possui esse
levantamento detalhado.
Levando-se em conta a média de R$ 58,5 mil
por morte de preso, essa dívida relativa aos casos de 2016 chegaria a R$ 4,9
milhões, caso todos os familiares acionem a Justiça e todos consigam obter
sentença favorável. Ou seja, isso representa um terço do valor necessário para
a construção de um presídio para 800 vagas, segundo o Copen.
Em 2017, o caso parece se repetir. Em apenas
um mês e meio, a justiça já condenou o estado a pagar duas indenizações, sendo
uma delas no valor de R$ 50 mil para a família de um homem que foi morto dentro
da Cadeia Pública do município de Crato. O rapaz, que não teve o nome
divulgado, estava preso por não pagar a prisão alimentícia do filho. Já o
segundo caso, a TJCE determinou que a família de preso assassinado na Cadeia
Pública de Quixeramobim receba pensão alimentícia no valor de um salário mínimo.
Motivos das mortes
As mortes dentro de presídios possuem as mais
diversas causas, dentre elas choque elétrico, assassinato, infarto, overdose e
até suicídio. Apesar do elevado custo gerado pelo próprio Estado aos seus
cofres, essa é uma determinação prevista por lei.
O artigo 5º da Constituição Federal de 1988
estabelece a responsabilidade do Estado em garantir a integridade física e
moral dos detentos. Em março de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF)
reafirmou que o poder público tem o dever de indenizar a família de detento que
morrer dentro do presídio, mesmo que seja caso de suicídio.
Fonte: Tribuna do Ceará
9 comentários:
Só era realmente o q faltava , país de merda !!!!!
é dai para pior, oq podemos esperar mais do que isso e diividimos o pouco que sobra do nossa salario e pegar a outra metade e dar para esses marginais filho das justiça,essas leis malditas tem que olhar e para o cidadão que morre de trabalhar e não tem uma casa para morar e quando almossa não tem nada para jantar isso sim e que esses pestes teria q olhar e não para uns vermes desse que vive so de fazer o mal para com o prossimo
leis do cãoooooooooooo
quem sera que esta ditando essas leis né, ate burro sabe.
para bens para esse blogg porreta
estamos e ferrado com essas leis
E quem morre na fila do hospital?
E quem morreu com uma bala na cabeça porque se recusou a entregar o tênis que usava ou o celular comprado com tanto sacrifício.
Os brasileiros de bem tão é ferrados com esses políticos q elaboram e aprovam essas leis.
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