Delegado-geral Andrade Júnior enfrentou
várias paralisações de policiais civis, fugas e ataques em delegacias, mas
aumentou o efetivo da Instituição e inaugurou diversas unidades no Interior
O governador do Estado do Ceará, Camilo
Santana, anunciou, ontem, a saída do atual chefe da Polícia Civil cearense,
delegado Andrade Júnior. O nome do seu substituto não foi ainda revelado, o que
só deverá acontecer na próxima semana ou no início de 2017.
Até a nomeação de um novo delegado-geral que
vai comandar os destinos da instituição na segunda metade do mandato de Camilo
Santana, o órgão fica sob a responsabilidade do delegado Marcos Rattacaso,
adjunto de Andrade Júnior.
Nos bastidores da Segurança Pública já há,
também, boatos de substituição nos comandos da Secretaria da Segurança Pública
e Defesa Social (SSPDS), da Casa Militar do Governo e no Comando-Geral da
Polícia Militar.
Dificuldades e avanços
Andrade Júnior comandou a Polícia Civil do
Estado no mandato do ex-governador Cid Gomes e foi mantido no caso, por dois
anos, pelo atual chefe do Executivo, Camilo Santana. Reconhecido como homem de
Inteligência, ele esteve à frente da instituição em momentos difíceis, como, ao
menos, três paralisações da categoria. A última greve trouxe muito desgaste
para o delegado-geral.
Em um momento de irritação, Andrade Júnior
chegou a chamar de “pilantras” alguns líderes da categoria de policiais civis
que comandavam o movimento de paralisação das delegacias em todo o estado. Isto
gerou uma reação dos policiais, que usaram as redes sociais para responder ao
insulto. O governador Camilo Santana lamentou o fato.
Presos e ataques
Mas, em sua longa administração à frente da
Polícia Civil, Andrade Júnior obteve várias conquistas para a instituição, como
concursos para os cargos de delegados, escrivães e inspetores, inauguração de
novas delegacias regionais e municipais
no Interior, expansão do número de delegacias plantonistas 24 horas e outros
avanços importantes.
No entanto, enfrentou também uma onda de
ataques a delegacias, com unidades sendo metralhadas. Outro fator que lhe
causou muito desgaste foi a superlotação de presos nas delegacias, com dezenas
de fugas, resgates e até mortes. Nem mesmo a sede da Delegacia Geral da Polícia
Civil (DGPC), em pleno Centro de Fortaleza, escapou de uma invasão de bandidos
que resgataram comparsas.
Fonte: Blog do Fernando Ribeiro
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