Suspeitos portavam objetos proibidos pelo
edital. MPCE não crê em possibilidade de o concurso ser cancelado
Quatro pessoas foram detidas por tentativa de
fraude durante a aplicação da prova do concurso da Polícia Militar do Estado do
Ceará, ontem. A ação foi realizada em parceria entre a Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS) e Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE),
que, a princípio, não acredita na possibilidade de o concurso ser cancelado.
Os envolvidos, que não tiveram seus nomes
divulgados pelos órgãos, foram presos em Fortaleza por portarem equipamentos
que possibilitam a transferência e o armazenamento de dados, como celular e
ponto eletrônico. Os objetos são proibidos pelo edital do certame.
O grupo foi conduzido à Delegacia de
Defraudações e Falsificações (DDF), mas, por conta da greve dos policiais
civis, foi remanejado para o 2º DP (Aldeota), para a realização das autuações.
Estiveram à frente da operação o promotor Gomes Câmara, do Núcleo de
Investigação Criminal (Nuinc) e Manoel Epaminondas, do Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
Outros estados
"Alguns deles já haviam tentado uma
fraude no Piauí, sem êxito, e foram tentar no Ceará, onde também não
conseguiram", disse Epaminondas. Segundo ele, MPCE e SSPDS detectaram
indícios de que o grupo poderia cometer a fraude no concurso no início da
semana passada.
"Tomamos as providências para que eles
fossem monitorados desde a saída dos locais de origem, como Pernambuco e outros
estados", afirmou.
De acordo com Epaminondas, três das pessoas
presas são candidatos que pagaram a outro deles para obter o gabarito.
"Somente um é que integra o grupo que iria passar os resultados para os
demais", afirma.
Concurso
Epaminondas disse que, mesmo diante do acesso
ao gabarito pelas pessoas autuadas, não há, a princípio, a possibilidade de o
concurso ser anulado.
"Não vejo nenhuma possibilidade de ser
cancelado, porque todas as providências foram tomadas. Todas as pessoas que
fizeram as fraudes estão sendo identificadas. Nós fizemos um trabalho
preventivo", argumentou ele. O promotor de Justiça, entretanto, não
descarta a possibilidade de haver outros participantes do esquema de fraude.
"Nós estamos investigando ainda. Se houver mais pessoas, elas serão
detectadas", garantiu.
O concurso ofertou 4.200 vagas para soldado
da PM, que tem remuneração inicial de R$ 3.134,58. Foram recebidas inscrições
de 80.450 candidatos.
Fonte: DN
Um comentário:
Um elemento desse que tenta entrar na policia assim,com certeza será corrupto .
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