27 de setembro de 2016

AÇÃO PRENDE CABOS ELEITORAIS POR AMEAÇAS E TENTATIVA DE HOMICÍDIO

Grupos armados se atacam e geram medo na população, afirma MP. Um dos suspeitos de participar das ações criminosas segue foragido.

Duas pessoas foram presas e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta segunda-feira (26), durante a Operação Sufrágio, no município de Mucambo, no Norte do Ceará. A operação, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) em parceria com a Polícia Civil, investiga crimes de tentativa de homicídio, ameaça, constrangimento ilegal, dano, entre outros crimes, todos movidos pela disputa política no município.
Na ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, sendo dois - contra Marque Lenard Lustosa Gomes e Samuel Lima de Aquino Duarte -, efetivamente cumpridos. Junivan Moreira de Santana, conhecido como “Junior Cabeludo”, encontra-se foragido e a polícia continua as buscas para o cumprimento do mandado de prisão temporária contra ele.
Os mandados foram expedidos pelo juiz da Comarca de Mucambo, Isaac de Medeiros Santos. Os três são investigados pela tentativa de homicídio de George Wilson Lima Nepomuceno, na madrugada do dia 10 de setembro deste ano, no Sítio Bom Sucesso, durante trajeto na estrada que liga a sede do município de Mucambo à localidade de Carquejo.

Disputa 'intensa'

De acordo com o MP, a operação é consequência da intensa disputa política em Mucambo, onde grupos armados da situação e oposição se atacavam mutuamente e geravam medo e insegurança na população.
“Consta nos autos que diversos indivíduos transitam armados pela localidade de Mucambo, em suposta campanha eleitoral, que tais campanhas são realizadas tanto durante o dia como em horário noturno, com os respectivos integrantes, portando além das armas, fazendo uso também de ‘toucas ninja’, paus, facas, canivetes, punhais, tonfa e etc, no puro intuito de afrontar a população e o partido adversário”, registra o delegado Levy Louzada no inquérito policial.

Na ocasião, eles estavam “promovendo verdadeiras emboscadas com o fim de implantar uma suposta nova ordem ‘coronelista’, promovendo bloqueios na vida pública com veículos, a fim de realizarem ataques a partidários eleitorais opositores, portando armas de fogo de forma ostensiva e intimidatória, causando destruição, mediante o uso com pedras e paus ao patrimônio de terceiros”, afirma.

Participaram da operação os promotores de Justiça Evânio Pereira de Matos Filho, Irapuan da Silva Dionizio Júnior, Francisco Osvando Muniz Filho e Lazáro Trindade Ramos, designados pelo procurador-geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, para atuar em conjunto ou separadamente com o titular da Promotoria de Justiça da Comarca de Mucambo, Francisco Handerson Miranda Gomes, e oito delegados da Polícia Civil, entre eles, Levy Louzada, titular de Pacujá e que presidiu o inquérito, e o delegado Regional de Sobral, Otávio Coutinho.

Fonte: G1Ce

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