O secretário da Fazenda, Mauro Filho,
anunciou, nesta terça-feira, que o reajuste dos servidores públicos estaduais
continua aguardando a avaliação do cenário fiscal do Estado. Ele informou que o
governador Camilo Santana e o secretário do Planejamento, Hugo Figueiredo, com
sua assessoria, vão se reunir até 10 de junho com representantes dos servidores
para avaliar cenários da receita.
Mauro Filho não quis falar se virá ou não
reajuste, destacando, no entanto, que o Ceará, ao lado do Pará, tem honrado em
dia seus compromissos salariais com a categoria. Ele informou que, na próxima
segunda-feira, vai à Assembleia Legislativa apresentar o balanço fiscal do
Estado relativo ao primeiro quadrimestre, como manda a Lei de Responsabilidade
Fiscal.
O secretário, indagado sobre reajuste,
preferiu dar alguns números: a arrecadação, no primeiro quadrimestre, em termos
de receita própria aumentou 7%; a receita transferida (FPE) registrou menos 4%
e, quando se soma a receita própria mais receita transferida, o Estado aumentou
sua receita somente em 3,35 e, nesse
mesmo período, a folha aumentou 6%.
“Portanto, devemos ter cautela no exame dessa
questão, até porque o Ceará foi o único estado do Brasil que deu reajuste
salarial todo ano para o servidor. Sou servidor da UFC e passei três anos, por
exemplo, sem ter nenhum reajuste. Essa coisa tem que ser avaliada”.
Mauro Filho reiterou que a decisão sobre reajuste
só virá “após análise da receita que vai entrar no dia 30, quando se poderá ter
um quadro da arrecadação, e também até o dia 10 de junho.”
O secretário deu a informações antes de
seguir para Brasília, onde participa do anuncio das novas medidas econômicas a
serem anunciadas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dentro do
objetivo de equilibrar as contas públicas.
Ele adiantou que o ato terá a presença de
todos os secretários de Fazenda, no que haverá ocasião para cobrar um
tratamento diferenciado da União em se tratando de rolagem de dívida estadual.
O secretário assegura que o Ceará está financeiramente bem com a União e
gostaria de ter mesmo tratamento – parcelamentos e amortizações, que a União
sinaliza para estados devedores.
Fonte: Blog do Eliomar
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