EM CAMOCIM, CORPO DE VÍTIMA DE HOMICÍDIO ESPERA NOVE HORAS PARA SER RECOLHIDO PELA PERÍCIA FORENSE.

Infelizmente, sempre que ocorre um homicídio em Camocim, os familiares da vítima têm o sofrimento duplicado. Se não bastasse a perca do ente querido, os familiares ainda têm que suportar a dor vendo o corpo da vítima esperar até dez horas, pegando sol e chuva, à espera da perícia forense vir recolher o corpo. A situação piora e muito quando o crime ocorre durante os finais de semana. A espera pelo rabecão é uma tribulação, uma verdadeira eternidade.

Um exemplo claro dessa problemática foi último homicídio ocorrido em Camocim na manhã de ontem, domingo 17. O adolescente José Venício Lopes dos Santos, de apenas 16 anos, foi morto por volta das 09h30 da manhã com golpes de estaca e cossoco (espeto), tendo seu corpo ficado ali debaixo de sol e chuva até aproximadamente às 18h00, horário que foi recolhido, portanto, quase nove horas após o crime.

Segundo informações prestadas por policiais, o Núcleo de Perícia Forense da Região Norte, sediado em Sobral, possui apenas uma viatura composta com sua equipe para atender mais de 50 município da zona norte do Estado, sendo que durante os finais de semana esta deficiência faz com que a situação beire o caos.

Municípios atendidos pelo Núcleo de Perícia Forense da Região Norte

Ontem, 17, por exemplo, o perito da Pefoce informou aos policiais que dentre outros corpos que tiveram que recolher, foram também enviados para o município de Nova Russas, distante cerca de 190 km de Sobral (BR-343 e CE-176), e somente depois se deslocaram para Camocim, percorrendo mais cerca de 300 km para chegar à cidade (CE-364).

A situação é realmente complicada e os familiares das vítimas de mortes violentas são os que mais sofrem com esta realidade.

Camocim Polícia 24h