O comandante do BPRaio, tenente-coronel
Márcio Oliveira, esteve nesta terça-feira na Controladoria para acompanhar o PM
apontado como vítima
Uma operação policial equivocada foi levada
na tarde de ontem para a Controladoria Geral de Disciplina do Órgãos de
Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD). Um sargento
da Polícia Militar teve a residência invadida por uma equipe da Polícia Civil
que buscava cumprir um mandado de prisão por homicídio.
De acordo com informações de familiares, o
sargento é lotado no Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas
(BPRaio) e está de licença médica após ser submetido a uma cirurgia de joelho.
Na manhã desta terça-feira (19), um inspetor
da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) teria ido à residência da
mãe do sargento, procurando por um homem que teria nome similar ao do filho
dela. O policial teria dito que era amigo do PM e precisava conversar com ele.
A idosa, então, teria fornecido o endereço do
filho, no bairro Bela Vista. No começo da tarde de ontem, o inspetor foi então
ao local indicado pela mulher, à procura do sargento.
Conforme a esposa do militar, o homem teria
batido à porta chamando pelo marido dela. “Ele dizia que era um colega que
tinha tirado serviço com meu marido em Quixadá”, disse.
O sargento, no entanto, não reconheceu o
homem e não autorizou a abertura do portão. O inspetor teria, enfim, identificado-se
como policial civil, mostrando o distintivo através do olho mágico. O marido,
então, teria ficado temeroso com a divergência de informações.
Diante do impasse, o inspetor deixou o local.
Conforme os familiares, cerca de 10 minutos depois, uma equipe da Polícia Civil
invadiu a residência. “Eles chutaram e quebraram o portão e entraram na nossa
casa com arma na mão”, relatou a esposa do sargento PM.
Ela, posta sob a mira de arma de fogo, foi
rendida. O barulho feito na abordagem, segundo relatou, acordou a filha do casal,
de oito meses, que chorou.
“Eles disseram que tinham um mandado de
prisão contra ele por homicídio e leram um nome. Mas não era o dele. Meu marido
então se identificou, deu o nome completo, e a patente, sargento do Raio”, relatou.
Erro
Ali, os policiais civis perceberam o engano:
o alvo, na verdade, reside no bairro Demócrito Rocha. O sargento, no entanto,
já havia acionado o comando do Batalhão de Policiamento. A diretora da DHPP,
delegada Socorro Portela, ainda tentou intervir, conforme os familiares do
sargento, mas o caso foi parar mesmo na CGD.
Na Controladoria, os envolvidos prestaram
depoimento na Delegacia de Assuntos Internos (DAI) durante toda a tarde. O
comandante do BPRaio, coronel Márcio Oliveira, esteve no local mas não falou
com a imprensa.
Em nota, a Polícia Civil limitou-se a admitir
o erro. “A Polícia Civil do Estado do Ceará informa que, na tarde desta
terça-feira (19), a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estava
realizando uma operação de cumprimento de mandados de prisões e cometeu um
equívoco, sem dolo, entrando na residência de um policial militar”.
Até o fechamento desta edição, não foi
informado se houve sanção a algum dos policiais civis envolvidos na operação.
4 comentários:
Isso não vai dar nada. No máximo dano moral contra o Estado e quem pagará será todos nós.
Esse caso só ta tendo essa repercussão toda por que foi um erro com um policial se fosse com qualquer outra pessoa ja tinham abafado o caso!
E verdade,nos somos pobres mas nosso dinheiro dar pra pagar tudo, tudo sai e do nosso bolso mesmo!
se o cidadão não fosse policial, o que aconteceria? Isto é o retrato de como a falta de cuidado ou de competência, pode gerar grande problema a um cidadão, seja policial ou não, ambos merecem ser assistido melhor em sua segurança.
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