12 de janeiro de 2016

GOVERNADOR ANUNCIA QUE NÃO HAVERÁ CONCURSO PARA A POLÍCIA CIVIL ATÉ 2018. META É CHAMAR TODOS OS APROVADOS.


A meta é chamar todos os aprovados, declarou Camilo Santana, após ser interpelado por grupo de candidatos do certame de 2015

Não haverá um novo concurso para Policial Civil no Ceará, pelo menos, até o ano de 2018. A afirmação foi feita pelo governador do Estado, Camilo Santana, nesta terça (12), durante a abertura do curso de formação profissional da Polícia Civil para os aprovados no concurso de 2015. A proposta do gestor é chamar, paulatinamente, os candidatos que foram classificados após o número de vagas inicialmente destinado e que ainda aguardam pelo sinal verde do governo para prestarem as etapas seguintes do certame.
Camilo chegava ao Centro de Eventos do Ceará (CEC) para participar da solenidade da aula magna quando foi interpelado por um grupo de candidatos do concurso de 2015. Eles reclamavam que a quantidade de pessoas chamada para o curso de formação era aquém do esperado. A alegação era que o triplo do número das vagas teve o nome publicado no Diário Oficial do Estado como aprovado, mas apenas um terço deles estaria iniciando as aulas.

“Apenas o número exato de vagas foi chamado pelo governador, mas o concurso aprova o triplo das vagas. Pedimos que seja vista essa situação, pois há muita gente cujo nome foi publicado no Diário Oficial mas não foi chamado. A Polícia Civil precisa de pessoal, está deficitária, então é mais que necessário haver essa atenção para chamar um número maior de aprovados”, relatou uma candidata ao cargo de escrivã dentre os remanescentes do certame.
Camilo, no entanto, garantiu que não haverá um novo concurso até o fim do mandato, prometendo que chamaria os demais aprovados à medida que as condições financeiras do Estado permitam ao governo investir e ampliar a Polícia Civil do Ceará.
“Não vai ter mais (concurso). Vamos chamar o cadastro (de reserva). Como vocês têm percebido, a gente tem um compromisso de olhar para a segurança pública, pois é um grande anseio da sociedade. Mas eu não esperava enfrentar um problema de crise hídrica. Investi muito dinheiro nisso. Se chover esse ano, resolve 50% dos meus problemas. E tem a crise da economia. Vamos esperar que as coisas melhorem”, disse aos populares, que levavam faixas e camisas cobrando mais vagas para policiais civis.

Lei de Responsabilidade Fiscal

À imprensa, o governador completou, concordando que percebe a necessidade de aumentar o efetivo para além das vagas até então ocupadas pelos participantes do curso de formação em andamento.  “Agora que estamos chamando a primeira turma que passou. Sei que há necessidade de mais efetivo, mas tudo depende de como vai se comportar a economia do País e do Estado em 2016. Existe uma Lei de Responsabilidade Fiscal que limita os gastos com pessoal, com contratação. Cada passo que dermos tem que ser com muito cuidado, muito zelo, sempre preservando a situação, que hoje, ainda é satisfatória em relação a outros Estados”, explicou o gestor estadual.

Preocupação com a economia

O titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) endossou a percepção de necessidade de ampliação da Polícia Civil cearense, destacando que mesmo com o efetivo considerado pequeno, o órgão produz bons resultados.

“A Polícia Civil  tem um efetivo reduzido e dou meu testemunho que, apesar disso, tem feito um bom trabalho, apresentado respostas para os grandes casos. Há uma preocupação grande com todo o efetivo da SSPDS. Temos hoje na academia, recentemente formados que deverão tomar posse logo, 127 novos servidores da Perícia Forense do Estado (Pefoce). Ainda no primeiro semestre, os oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Temos a formação para abril de 307 novos PMs. E o governador já determinou que fosse feito o edital para chamar de 4.000 a 4.500 novos PMs nos próximos três anos. Certamente, teremos que chamar nesse período, mais pessoal para a Polícia Civil, para o Corpo de Bombeiros. Está sendo com os pés no chão pois entendemos as dificuldades no País todo, e no Ceará não é diferente”.

Fonte: DN

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