Reunidos em assembleia -geral na noite desta
quinta-feira (29), policiais civis do Ceará decidiram deflagrar estado de
greve. A categoria luta pela reestruturação salarial prometida pelo então
candidato a governador do estado, Camilo Santana (PT), em carta compromisso
durante a campanha salarial.
A categoria luta para que seus salários sejam reajustados a
nível de servidor de formação superior, já que
o ingresso de novos inspetores e escrivães é condicionado à formação universitária. Atualmente, um policial civil cearense tem
vencimento bruto de R$ 3,2 mil. O vizinho estado do Piauí paga aos
integrantes de sua Polícia Judiciário o
triplo do que é pago no Ceará, denunciam membros do Sindicato dos Policiais
Civis de Carreira (Sinpol).
Antes da assembléia-geral, representantes da
entidade estiveram reunidos com representantes do Governo do Estado, quando,
mais uma vez, expuseram as reivindicações da categoria. Ficou acertado que
entre os dias 2 e 30 de novembro serão realizadas
audiências entre as partes para tentar chegar a um acordo sobre os pleitos da
classe.
Segundo o Sinpol, a baixa remuneração, aliada
a outros fatores, como o desvio de função, a falta de perspectivas de crescimento na carreira e até as péssimas
condições de trabalho, estão levando muitos policiais recém-empossados na
classe a desistir de continuar na profissão. Prova disso é que, no início do
ano, a Polícia Civil tinha 2.600 servidores nos seus quadros. De lá para cá,
160 decidiram sair da carreira. Hoje, são cerca de 2.440.
Denúncia
E nesta manhã, policiais denunciaram que
receberam nos últimos dias mais uma surpresa desagradável. A gratificação
prometida pelo governo pelo batimento de metas na redução dos Crimes Violentos,
Letais e Intencionais, ous CVLIs, isto é, assassinatos, não foram pagas nos
valores prometidos.
Um inspetor (identidade preservada) revelou
que recebera o anúncio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) de que a gratificação pela redução de CVLIs neste trimestre seria de R$
1.300,00. NO entanto, ele recebeu apenas R$
455,00.
Outra denúncia revelada pelos policiais
ontem, por ocasião da assembléia no Sinpol é de que os servidores da Pasta
continuam sem equipamentos adequados para a participação em operações de alto
risco. Informaram que os colegas inspetores e o delegado baleados na manhã da
última quarta-feira no Município de Quixeramobim (201Km de Fortaleza), numa
troca de tiros com assaltantes que haviam explodido um carro-forte, estavam
usando coletes com prazo de validade vencido há, pelo menos, três anos.
Fonte: Blog do Fernando Ribeiro
Um comentário:
apoio a policia Civil mas tem q ser geral todo o estado do Ceará vcs também São dignos dos seus direitos
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