30 de julho de 2014

43% DOS AGENTES DE SEGURANÇA CONCORDAM COM PREMIAÇÃO PARA QUEM MATA BANDIDO.

Os dados de uma pesquisa “Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública” realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Centro de Pesquisas Aplicadas da Fundação Getúlio Vargas (CPJA-FGV) e o Sistema Nacional de Segurança Pública (Senasp), divulgada nesta quarta-feira, 30, mostra que 43,2% dos agentes de segurança concordam que policial que mata bandido deve receber algum tipo de premiação. A pesquisa foi realizada com 2, 1 mil agentes de segurança, dividido entre policiais militares, civis e federais, além dos rodoviários federais, bombeiros e integrantes de polícias científicas.

De acordo com a pesquisadora Thandara Santos, o número de agentes que acreditam que a morte de um bandido merece ter premiação foi assustador. Para ela, o anonimato durante as perguntas facilitou que os agentes falassem livremente, sem nenhum receio.
Para Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Warch, uma ONG mundial de direitos humanos, é justificável o policial se defender, mas qualquer ação que não seja a defesa pessoal deve haver punição.
 Insatisfação profissional
A pesquisa mostrou ainda, que 34,4% dos agentes de segurança do País mudaria de profissão, caso surgisse uma oportunidade. Outros 38,7% alegaram que se fosse possível voltar no tempo, não teria escolhido essa profissão.
Segundo a pesquisa, alguns problemas são os responsáveis para um trabalho  mal exercido. Entre eles, o salário baixo é considerado um problema para 99,1% dos entrevistados. Logo em seguida, aparece equipe policial insuficiente com 97,3%, falta de verba para comprar equipamentos com 94,9% e corrupção com 93,6%.
O levantamento mostrou também que 65% dos agentes sofreram algum tipo discriminação por causa da profissão e 59,6% disseram que foram humilhados por superiores.
Os dados da pesquisa mostrou ainda que 93,7% querem a modernização dos regimentos de acordo com a Constituição, o que  apoiam a desvinculação ao Exército com 73,7% e os que defendem o fim da justiça militar com 63,6%.
Fonte: O POVO

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