Quadrilhas especializadas em assaltar bancos já
atacaram 26 municípios cearenses, somente neste ano de 2014. Ao todo, já foram
registrados 27 ataques - incluindo assaltos e tentativas de roubos a agências
bancárias; explosões e arrombamentos de caixas eletrônicos. Destas cidades, em
seis o atendimento bancário está suspenso, já que os prédios foram destruídos
por explosões.
A última ação registrada no Ceará ocorreu na
cidade de Pacoti, a 95 km de Fortaleza. Um bando formado por cerca de oito
homens explodiu um posto avançado do Bradesco, instalado na Praça Coronel José
Cícero Sampaio, no Centro daquela cidade, na madrugada de ontem. De acordo com
a Polícia, os criminosos conseguiram levar o dinheiro, que estava nos caixas
eletrônicos, abastecidos horas antes.
Conforme informações do capitão Celso, destacado
na Cidade, a quadrilha estava em dois veículos, uma Saveiro, de cor vermelha, e
um Siena. Durante a ação, uma parte do grupo se dirigiu para o destacamento da
Polícia Militar, que fica há cerca de 100 metros do banco, e metralhou a
fachada do prédio.
Ousada
"Foi uma ação ousada. Acreditamos que eles
já tinham informações privilegiadas sobre o abastecimento dos caixas. Atiraram
contra a Polícia, na tentativa de nos intimidar e de fazer com que ninguém
saísse do Destacamento. Pelas cápsulas que encontramos pelo chão, e pelo
estrago feito, acreditamos que as armas usadas eram de grosso calibre",
declarou o militar.
Grande parte da estrutura física do prédio da
agência bancária foi afetada. O delegado Regional de Baturité, Ricardo
Pinheiro, disse que a equipe da Perícia Forense (Pefoce) de Canindé foi
acionada para verificar se havia outros explosivos no local, que não foram
detonados. "O banco fica em uma área residencial. Tememos que algum
explosivo não tivesse sido detonado e isto comprometesse a segurança das casas
e dos moradores das proximidades. Fizemos um isolamento no local e monitoramos
para que ninguém se aproximasse", explicou o delegado.
Ricardo Pinheiro disse, ainda, que a quantia em
dinheiro levada pelos criminosos não foi informada pelo Bradesco, e que nenhum
representante da instituição financeira esteve na delegacia, para registrar o
ocorrido. O capitão Celso declarou que policiais militares de Canindé, Mulungu,
Guaramiranga e duas viaturas do Comando Tático Motorizado (Cotam) do BPChoque,
estão diligenciando à procura dos suspeitos, desde a madrugada de ontem.
"Os veículos usados têm as mesmas
características dos que foram usados no ataque ao banco de Palmácia, no último
dia 22. O modo como eles agiram também foi bem parecido. Pode ser que tenha
sido a mesma quadrilha, mas ainda não podemos afirmar nada", disse o
capitão.
O delegado de Baturité contou que populares
prestaram informações anônimas, por telefone, sobre o paradeiro dos suspeitos e
que estas estão sendo checadas. "É muito importante esta contribuição da
população. Com certeza, alguém presenciou o fato. Vamos procurar as
testemunhas, ouvi-las para tentarmos elucidar o fato", encerrou Pinheiro.
Ataques
Um dos alvos recorrentes dos criminosos é o
Bradesco da cidade de Apuiarés. Desde que foi instalado, o equipamento já foi
atacado em quatro ações criminosas.
De acordo com o Sindicato dos Bancários do
Ceará, seis agências do Estado estão paradas, após sofrerem ataques, porque os
prédios em que funcionavam foram destruídos.
Os Municípios que tiveram a atividade dos bancos
suspensas são Boa Viagem, Morada Nova, Aracati, Tejuçuoca, Palmácia e Baturité,
conforme o diretor do sindicato, Bosco Mota.
Ele afirmou, também, que todas estas agências
estão sendo reformadas, mas ainda não há previsão de que os expedientes sejam
restabelecidos com normalidade, em nenhuma delas.
"Quem sofre com tudo isso é a população,
tanto porque precisa se deslocar para fazer alguma transação bancária, quanto
pelo medo de morar perto de uma agência. O fato de residir perto de um banco
virou um perigo constante", considerou o diretor do Sindicato dos
Bancários.
Márcia Feitosa
Repórter
Fonte: DN
Só acontecerá uma outra parada a assalto a banco quando acontecer, o que aconteceu em Itarema, porque a policia prende, mas com o próprio dinheiro que eles furtam pagam advogados e são soltos, voltando a cometer novamente outros crimes desta natureza.
ResponderExcluir