O menino que tinha apenas três anos é filho de uma camocinense com o holandês.
Foi adiado para a segunda-feira (2), o
julgamento do holandês Stefan Smit, acusado de matar o filho Sigel Marques
Smit, de três anos. O julgamento estava previsto para ocorrer nesta
quarta-feira (28), na 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua.
O crime ocorreu em 5 de junho de 2013, em um
flat no Bairro Meireles, em Fortaleza. De acordo com o Tribunal de Justiça do
Ceará (TJ-CE), o adiamento ocorreu devido à ausência de um perito criminal,
indicado pela defesa como testemunha imprescindível.
Stefan Smit será julgado por homicídio
triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou
a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Além disso, responderá também por
maus-tratos cometidos contra o filho mais velho, que tinha cinco anos na época
do crime. A companheira do réu, Antônia Cláudia Marques da Silva, também
acusada pelo crime, apelou ao TJ-CE e aguarda julgamento do recurso.
O crime
Segundo o Ministério Público Estadual (MP-CE),
os acusados provocaram a morte de Sigel Marques Smit por asfixia mecânica e,
após o crime, cobriram o corpo da vítima com uma manta plástica e o deixaram em
cima da cama por mais de 48 horas, enquanto decidiam como enterrá-lo. A
acusação afirma que os dois filhos apresentavam sinais de maus-tratos e desnutrição
e que Stefan costumava bater nos meninos e silenciar o choro pondo a mão na
boca dos dois.
Stefan e Ana Cláudia foram presos em flagrante,
no dia 8 de junho de 2013. Eles negam os crimes e sustentam que a criança teria
morrido devido a uma queda durante o banho, provocada por crise convulsiva. Na
data do homicídio, Antônia disse que dava banho no menino quando ele escorregou
e bateu a cabeça na torneira da pia. A criança teve convulsão e ela a entregou
ao companheiro. Em depoimento, Stefan Smith disse que a criança teria parado de respirar e que ele
não pediu socorro médico porque estava em situação ilegal no país.
Fonte: G1CE
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