Uma comissão formada por seis membros irá apurar
os fatos envolvendo a suposta participação de advogados em rede que
comercializava habeas corpus para criminosos durante os plantões de feriado e
fins de semana do Tribunal de Justiça (TJCE).
De acordo com o presidente do Tribunal de Ética
e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Ceará (OAB-CE), José
Damasceno Sampaio, os trabalhos de investigação já começaram. "Estamos
agindo a partir das primeiras notícias que recebemos, pois é normal fazermos
isso em qualquer denúncia, direta ou indireta. Se o nome do advogado surgir
como possível envolvido, vamos pedir esclarecimentos. Dependendo do grau de
complicação, poderemos pedir que este esclarecimento seja verbal",
explicou.
Sampaio destaca, também, que ainda não recebeu
oficialmente os nomes dos profissionais que supostamente estariam envolvidos
nas negociações fraudulentas. "Estamos averiguando o envolvimento dos
advogados mas ainda não nos chegou nenhum nome, por isso ainda não temos
processo instaurado.
Rede
O desembargador Luiz Gerardo Pontes Brígido,
presidente do TJCE, revelou na última segunda-feira (14), em entrevista à TV
Diário, indícios da existência de uma rede organizada atuando no Sistema
Judiciário cearense. Este grupo negociava a soltura de criminosos durante os
plantões pelo valor de R$ 150 mil.
Brígido foi alertado sobre a suposta venda de
habeas corpus através de mensagem de celular enviada pelo secretário da
Segurança do Ceará, Servilho Paiva.
Segundo o presidente do Poder Judiciário
Estadual, o caso está sendo apurado pelo Conselho Nacional de Justiça. Os nomes
das pessoas suspeitas não foi divulgado pelo TJCE.
Fonte: DN
Um comentário:
Os advogados envolvidos devem perder os direitos de advogar por dez anos, pois não há outra medida mais acertada, isso para que exista confiança da sociedade tanto na justiça como na classe dos advogados.
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