Por conta da descoberta de um túnel, uma revista
minuciosa, realizada pelo BPChoque, foi feita na antiga CPPLI
Policiais militares ocuparam, na manhã de ontem,
a Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (Upalal), antiga CPPL I, em
Itaitinga. Eles desencadearam uma operação de revista, na tentativa de
apreender objetos ilícitos que estivessem no interior da unidade. A decisão de
fazer a intervenção foi tomada depois que um túnel foi descoberto, na Rua B do
Pavilhão 3 (P-3) da penitenciária, na quarta-feira de cinzas, dia cinco.
Os trabalhos foram realizados por PMs lotados
nos grupos vinculados ao Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), destacados
no Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), no Comando Tático Motorizado e
Rondas Ostensivas com Cães (Roca).
Minuciosa
A vistoria foi surpresa e bastante demorada, ao
contrário do que ocorre normalmente nesse tipo de trabalho, que dura, em média
quatro horas. A determinação foi para que a revista fosse bastante minuciosa. A
"limpeza" foi realizada em oito das ruas do Pavilhão I.
No fim da tarde, os policiais apresentaram o
resultado da busca. Eles conseguiram apreender 59 aparelhos de celular, 10
carregadores, 10 fones de ouvido e 21 baterias que estavam sendo utilizados
pelos detentos. No decorrer da operação, realizada cela por cela, foram
encontrados também 135 gramas de maconha.
O procedimento realizado na Upalal faz parte das
atividades de vistorias das unidades prisionais do Estado, que é comandado pela
Coordenadoria do Sistema Penitenciário (Cosipe), que é vinculada à Secretaria
de Justiça e Cidadania (Sejus).
A quantidade de policiais militares que participou
da operação não foi revelada, porém era possível ver estacionados no pátio da
unidade um caminhão do BPChoque, cinco viaturas do Gate, quatro do Cotam, uma
da Roca e um micro-ônibus do Controle de Distúrbios Civis (CDC).
Durante o tempo em que os militares permaneceram
no interior da penitenciária, ninguém da diretoria quis falar sobre o
procedimento que era realizado. A Sejus, através de sua assessoria, informou
que a vistoria foi uma atividade rotineira que é realizada com frequência nas
unidades prisionais do Estado.
Dificultar comunicação
Segundo uma nota enviada pela instituição, o
objetivo da operação é fiscalizar de perto o funcionamento das unidades
prisionais e tirar das mãos dos presos ferramentas que facilitem a comunicação
deles com o mundo exterior, evitando que continuem no comando de grupos
criminosos e articulando novos delitos fora da prisão.
No decorrer da semana passada, a Sejus registrou
vários incidentes dentro das penitenciárias do Estado. Quatro presos morreram
no período de Carnaval. Dois deles na Casa de Privação provisória de Liberdade
II (CPPLII) e um na CPPL IV, ambas em Itaitinga. No Interior, um detento foi
morto na Cadeia Pública de Tamboril (301Km de Fortaleza), que foi invadida por
um bando armado e encapuzado.
Os presos que morreram em Fortaleza foram
vítimas de espancamento em dois casos e de golpes de cossoco no outro. Além das
mortes foi achado um túnel. A Sejus informou que já está investigando todos os
casos, por meio de seu setor de inteligência, e que o andamento das apurações
seriam mantidas em sigilo por questões de ligadas à segurança.
Fonte: DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário