5 de março de 2014

TOTAL DE MORTES NO CARNAVAL JÁ SUPERA ANO PASSADO

Para a Polícia, a maioria dos crimes de morte no Estado ocorreria mesmo se não houvesse o período carnavalesco.

Entre as 18 horas de sexta-feira e o encerramento desta edição, foram registrados 60 homicídios em todo o Ceará durante o Carnaval. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), 32 pessoas foram assassinadas, sendo 20 na Capital e 12 nas demais cidades que compõem a RMF. Apesar de parcial, o balanço já supera o que foi registrado oficialmente em 2013, quando foram computadas 56 mortes.
No início da madrugada do sábado de Carnaval, Anderson de Sousa Magalhães, 15, foi assassinado, a tiros, na praça do Conjunto Almirante Tamandaré, bairro Jangurussu, na Grande Messejana. O crime foi cometido por dois homens que estavam em uma motocicleta. O rapaz foi ao local após ser chamado por duas mulheres conhecidas dele. Anderson Magalhães chegou pilotando uma motocicleta de 50 cilindradas. O rapaz desceu, mas foi logo atingido pelos disparos da dupla e morreu na hora.
Outro jovem

Na tarde de segunda-feira, o adolescente Cledson da Silva Oliveira, 15, mais conhecido por "Buchinha", foi morto, a tiros, na Rua Passeio da Nova Morada, na Comunidade Maravilha, localizada no Bairro de Fátima.

Na manhã de ontem, Rodrigo Bezerra pereira, 19, foi assassinado, a bala, na Rua Major Sucupira, no Planalto Pici. Ele respondia a processos por roubo e era usuário de drogas. Há cerca de um mês, o irmão dele foi vítima de tentativa de homicídio e ainda está convalescendo em casa.

Na Rua do Canal, na comunidade do Lagamar, Francisco Santiago Coreia Lima também foi morto a tiros. A autoria do crime ainda é desconhecida.

No Conjunto São Francisco, Antônio Bezerra, um homem de identidade ignorada foi assassinado, na Rua Major Adelino. No sábado à noite, Cleandeson de Oliveira Ferreira foi assassinado, a bala, na Rua Macapá, no Conjunto Dom Lustosa. No Caça e Pesca, a vítima foi João Batista Alves da Silva. Nos dois casos os motivos e os autores ainda são desconhecidos.

Duplo

Em Pacajus, Janderlino da Silva Pereira, 21, e Jenuíno da Silva Pereira, 18, foram mortos, a tiros, devido a uma discussão banal no interior de um bar localizado na Rua Angelina Gomes, no bairro Aldeia Parque. Um jovem, conhecido apenas por Diego, saiu ferido levemente.

Em Horizonte, Maycon Nunes Cavalcante, 20, que respondia a vários processos por roubo, foi executado por dois homens que estavam em uma motocicleta. O rapaz estava com a namorada, que saiu ilesa.

Em Caucaia, o sábado foi marcado por dois homicídios, sendo um a bala e outro a faca. O primeiro ocorreu na Rua Francisco Antônio, no Conjunto São Miguel. A vítima foi José Wanderson Dias Menezes, que levou vários tiros de revólver.

O segundo crime de morte foi cometido a faca, na Rua Soleira, bairro Mirambé, e vitimou Luis Antônio da Silva Mesquita.

No domingo, Mike Alexandre Luiz Santos foi morto a tiros no Cumbuco. Esse crime também tem autoria desconhecida.

Interior

No sábado, foram registrados, cinco homicídios no Interior do Estado. Diego James dos Santos Ribeiro, 20, foi assassinado, a tiros, por dois desconhecidos, em Fortim.

Em Sobral, Francisco Renato de Lima, 25, foi morto com três disparos efetuados por dois homens em uma motocicleta. Um suspeito, identificado por Igor, foi detido, mas nega o crime.

Daniela Sousa da Silva, 21, morreu após ser atingida por uma bala "perdida", em Santa Quitéria. O tiro teria sido disparado durante uma briga.

Em Aracati, o sargento da Marinha Marcelo Ferreira Santana foi morto a facadas por um homem conhecido por Davi.

Violento

O diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Jairo Pequeno, achou o Carnaval violento, mas frisou que esses crimes ocorreriam independente do feriado, visto que muitas vítimas tinham envolvimento com o tráfico e uso de drogas.

Os números apresentados foram colhidos pela reportagem do Diário do Nordeste junto às autoridades policiais, mas são considerados parciais. O balanço oficial da violência durante o Carnaval será divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Fernando Barbosa

Repórter

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