Quatro presos fugiram, na madrugada de ontem, da
cadeia Pública de Pindoretama, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A
unidade prisional fica localizada na esquina das ruas Manoel Paulino com
Francisco das Chagas Pinheiro. Segundo Leonardo Peres Martins, diretor daquela
unidade prisional, só havia um agente penitenciário durante o plantão.
Os detentos, provavelmente, ouviram o barulho de
água caindo e deduziram que o funcionário estava tomando banho. A fuga ocorreu
por volta de 1h10, segundo informações passadas pelo agente penitenciário de
plantão na unidade.
Eles fizeram um buraco na cela, passaram para o
corredor, onde arrombaram o portão que dá acesso à ala destinada aos detentos
que cumprem pena em regime semiaberto. De lá, eles chegaram a um compartimento
sem forro e saíram pelo telhado.
Os fugitivos são Lamarks Silva Lima, mais conhecido
pelo apelido "Lalá"; Auri Alves Fernandes, Daniel de Castro Silva, e
Iranilson Sousa de Lima.
A Cadeia Pública de Pindoretama tem capacidade
para 12 presos, entretanto abrigava 19. "Já chegou a ter 33",
ressaltou Leonardo Peres Martins.
O maior problema relatado pelos funcionários é o
fato de ficar somente um agente penitenciário durante a noite e madrugada,
principalmente porque não existe guarda externa.
As câmeras existentes na unidade prisional foram
colocadas por conta dos agentes penitenciários, que se cotizaram a adquiriram
os equipamentos.
Outro problema denunciado é a falta de viatura.
Quando um preso adoece e precisa ser levado ao hospital, é preciso ter a
colaboração dos policiais militares. Quando o auxílio não é possível, o interno
é transportado no carro particular do agente penitenciário.
Sem preocupação
A Cadeia Pública de Pindoretama fica, localizada
em uma área residencial, todavia os moradores ouvidos pela reportagem não
demonstraram preocupação, visto que as fugas na unidade prisional não são fatos
comuns. Para os agentes penitenciários, o problema é muito sério. Sem a guarda
externa o risco de fuga é
grande. Os funcionários do Sistema Prisional, da Secretaria da Justiça e Cidadania
(Sejus) trabalham desarmados.
Fonte: DN
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