3 de fevereiro de 2014

AGENTES AMEAÇAM GREVE NOS PRESÍDIOS E DIZEM QUE O CEARÁ É “MEIO MARANHÃO”

A questão da segurança interna dos presídios brasileiros passa por uma reavaliação depois dos episódios sangrentos do Maranhão. Lá, a situação é simplesmente inaceitável, quando se sabe que os presos dominam o presídio de Pedrinhas e determinam quem deve viver ou não. Por aqui, o problema da superlotação, que tem levado a esses conflitos, também assusta. Os agentes prisionais anunciam que vão parar caso não se tome providências.
A acreditar no que nos afirmou o representante do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Waldemiro Barbosa, em nosso programa da Tribuna Band News, a coisa não anda lá muito boa não. A categoria está em pé de guerra com o Governo do Estado, que não teria atendido às reivindicações desses profissionais, que vão desde aumento no número de agentes passando por outras de ordem trabalhista.
‘MEIO MARANHÃO’

Waldemiro relatou que a situação em alguns presídios cearenses é de “meio Maranhão”, porque se em 2013 os presos de lá mataram 70 internos, por aqui, a conta jpá chega a 32 mortes. Um total de 47 cadeias públicas estão sem agentes e são mantidas por funcionários dessas prefeituras.

Na contabilidade do líder sindicalista, faltam 2 mil agentes para que a coisa funcione a contento. Em 2013, já foram registradas 464 fugas. Trabalhando nos presídios 1.423 agentes, quando o ideal seria 3 mil 423 – numa defasagem de dois mil profissionais.
Os agentes estão dando um prazo até 1º março para que se contorne a situação; caso contrário, eles vão paralisar, o que pode ampliar ainda mais o caos do sistema penitenciário cearense.

Fonte: Tribuna do Ceará

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