14 de setembro de 2013

CNJ RELATA SUCATEAMENTO NO SISTEMA CARCERÁRIO DO CEARÁ

Os juizes enviados ao Ceará pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentaram, ontem, um balanço do Mutirão Carcerário. A força-tarefa iniciou as atividades, em Fortaleza, no último dia 6 de agosto.
Os juízes Paulo Augusto Irion e Maria de Fátima trabalharam em dois polos, sendo um na Capital e outro em Juazeiro do Norte, para avaliar a situação carcerária. Eles relataram graves problemas de sucateamento, superlotação e falta de estrutura nas cadeias públicas do Interior, ressaltando os Municípios de Tianguá, Jardim e Missão Velha, sendo a última com celas em reforma com os presos dentro.

Maria de Fátima denunciou a falta de ressocialização dos detentos, citando o caso da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Pirc), que, segundo ela, "está em estado de abandono". A falta de agentes penitenciários nas cadeias públicas do Interior também foi mais um problema apontado pelos representantes do CNJ, além de detentos que estão presos há cerca de cinco anos esperando julgamento.

O juiz Paulo Augusto ressaltou a falha na comunicação em que os juízes não possuem informações sobre a entrada e saída de detentos das prisões.

Outro caso destacado foi o de remédios vencidos em farmácias de presídios da Capital. Mais de 18 mil processos foram revisados e o relatório final estará pronto até o fim do mês. O CNJ vai apresentar sugestões, inclusive para a interdição total e parcial de algumas unidades prisionais.


Fonte: DN/Foto: Kléber Gonçalves

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