O Ceará é o quinto Estado do País
que registrou mais homicídios no ano passado, segundo a sexta edição do
Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada nesta terça-feira pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em números absolutos, foram registrados 2.623
homicídios no Estado. Os dados foram coletados do grupo de 15
estados que alimentam adequadamente o Sistema Nacional de Estatísticas de
Segurança Pública e Justiça Criminal e cujos dados são considerados de alta
qualidade.
O resultado mostra que houve uma redução de 1%
no número de assassinatos na comparação entre os dois últimos anos (2010 e
2011). Em 2010, foram 2.647 homicídios no Estado.
Em números absolutos, os estados com maior
número de mortes foram Bahia (4.380), São Paulo (4.194), Rio de Janeiro (4.009)
e Pernambuco (3.251).
Na comparação com 2010, no entanto, as taxas
recuaram nos três estados: 4% na Bahia, 3,7% em São Paulo e 9,9% no Rio de
Janeiro.
Perfil dos presos
O anuário traz também um perfil dos presos brasileiros.
Dos 471,25 mil presidiários, 93% são homens, 43,6% são pardos e 29,6% têm idade
entre 18 e 24 anos. Conforme o levantamento, a quantidade de presos diminui a
medida que a idade avança. Mais da metade têm entre 18 e 29 anos, total de
252,1 mil.
Na faixa etária entre 30 e 34 anos, são 84,9 mil
e aqueles de 35 a 45 anos somam 76,6 mil. Acima de 46 anos, são aproximadamente
33,6 mil presos.
Apesar de o País ter quase 500 mil presos, existem apenas 295,41 mil vagas no sistema prisional, o equivalente a 1,6 detento por vaga. A proporção é pior nos estados de Alagoas (2,6), Pernambuco (2,4) e do Acre (2,2), com déficit de 2,085 mil, 15,283 mil e 2,045 mil vagas, respectivamente.
Apesar de o País ter quase 500 mil presos, existem apenas 295,41 mil vagas no sistema prisional, o equivalente a 1,6 detento por vaga. A proporção é pior nos estados de Alagoas (2,6), Pernambuco (2,4) e do Acre (2,2), com déficit de 2,085 mil, 15,283 mil e 2,045 mil vagas, respectivamente.
Em números absolutos, no entanto, São Paulo é o
estado que precisaria abrir o maior número de vagas, com déficit de 74,03 mil.
A proporção de presos por vagas no estado aproxima-se da média nacional, com
1,7 detento por vaga.
De acordo com o estudo, boa parte do problema
poderia ser resolvido com maior celeridade do Judiciário, tendo em vista que
36,9% dos presos são provisórios - estão aguardando julgamento. Seis estados
têm mais da metade dos detentos sem julgamento: Piauí (67,7%), Sergipe (65,6%),
Amazonas (59,4%), Pernambuco (58,7%), Minas Gerais (56,6%) e Amapá (50,9%).
O anuário reúne dados dos órgãos de segurança pública dos estados e do governo federal, além de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), do Ministério da Saúde e do próprio FBSP. Este ano, o documento dividiu os estados por categoria de qualidade da informação fornecida porque os sistemas de informação são abastecidos de forma diferenciada por cada unidade da federação.
O anuário reúne dados dos órgãos de segurança pública dos estados e do governo federal, além de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), do Ministério da Saúde e do próprio FBSP. Este ano, o documento dividiu os estados por categoria de qualidade da informação fornecida porque os sistemas de informação são abastecidos de forma diferenciada por cada unidade da federação.
Fonte: DN
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