O iraniano Farhad Marzivi, O "Tony", de 50 anos, acusado de ter ordenado um atentado contra o auditor fiscal José de Jesus Ferreira, foi condenado a 20 anos de prisão pela Justiça Federal no início da noite desta terça-feira, 23.
O julgamento
O
julgamento do empresário começou por volta de 9h desta terça-feira, no
5º andar do edifício-sede da Justiça Federal, no Centro. A vítima do
atentado, o auditor fiscal federal José de Jesus Ferreira, prestou
depoimento e deixou o local às 10h20min.
O auditor saiu escoltado
por seguranças e foi embora acompanhado da família, que preferiu não
acompanhar o julgamento. Do lado de fora, auditores fiscais realizaram
um protesto.
José de Jesus falou que desde o atentado vive numa espécie de prisão domiciliar, sem poder sair de sua casa.
A
acusação do réu começou no início da tarde, a cargo dos procuradores
Rômulo Moreira Conrado e Samuel Miranda Arruda. Os advogados de acusação
afirmaram que o resultado foi satisfatório e que essa é a primeira
resposta da sociedade a crimes dessa qualidade. O réu foi acusado por
homicídio qualificado.
O advogado de Defesa, Flávio Jacinto,
afirma que o julgamento contrariou a prova dos atos, pois não haviam
provas suficientes para que o réu fosse condenado. Flávio afirma que a
defesa vai recorrer da decisão. O julgamento foi encerrado no início da
noite desta terça-feira.
O crime
Segundo
informações do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal, o iraniano é
empresário do ramo de importados e equipamentos de áudio e vídeo, e, na
época do crime, o auditor atuava como chefe da Divisão de Repressão ao
Contrabando e Descaminho da Receita Federal, na 3ª Região Fiscal.
Na
manhã do dia 9 de dezembro de 2008, o auditor fiscal foi atingido com
vários tiros de pistola, enquanto dirigia no cruzamento das ruas Meruoca
e José Lino, na Varjota. A vítima sobreviveu.
Desde o atentado, o
auditor da Receita recebe assistência médica, jurídica e de segurança
pessoal, custeada pela Delegacia Sindical no Ceará do Sindifisco
Nacional, que congrega os auditores.
Antecedentes criminais
Além
da tentativa de homicídio, Marvizi é acusado de envolvimento em outros
crimes, como assassinato, evasão de divisas, contrabando, sonegação
fiscal, formação de quadrilha ou bando e enriquecimento ilícito.
Uma
das execuções teve como vítima o comerciante Carlos José Medeiros
Magalhães e a mulher dele, Maria Elisabeth Almeida Bezerra. Os dois
foram mortos em de agosto de 2010, quando a residência do casal,
situada no Conjunto Esperança, foi invadida por criminosos,
supostamente a mando de Marvizi.
O empresário Francisco Francélio
Holanda Filho também teria sido eliminado por fazer concorrência ao
iraniano no mercado de venda de celulares e acessórios de telefonia
móvel.
Fonte: O POVO
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