O rapper paulistano Emicida foi ouvido e liberado após ter sido preso por desacato a autoridade na noite deste domingo (13), depois de uma apresentação num festival em Belo Horizonte. Ao G1, o policial civil de plantão na 36ª Delegacia Seccional, para onde o músico havia sido levado, afirmou que foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
O músico foi detido às 19h30, segundo disse ao G1 Evandro Fioti, que é produtor de Emicida e estava no local.
O músico foi detido às 19h30, segundo disse ao G1 Evandro Fioti, que é produtor de Emicida e estava no local.
Meia hora depois, o cantor publicou em seu perfil no Twitter a seguinte mensagem: "Fui preso por desacato a autoridade após o show em BH por causa da música dedo na ferida".
Ele havia se apresentado num evento chamado Palco Hip Hop, que acontecia no bairro Barreiro e tinha entrada gratuita. Segundo relatos de policiais civis de plantão que registraram o TCO, policiais militares disseram que o cantor, no início de seu show, afirmou "que apoiava a invasão ao terreno Eliana Silva [conjunto habitacional] no Bairro Barreiro e também pediu que o público levantasse o dedo no meio e apontasse para os policiais militares".
Ele havia se apresentado num evento chamado Palco Hip Hop, que acontecia no bairro Barreiro e tinha entrada gratuita. Segundo relatos de policiais civis de plantão que registraram o TCO, policiais militares disseram que o cantor, no início de seu show, afirmou "que apoiava a invasão ao terreno Eliana Silva [conjunto habitacional] no Bairro Barreiro e também pediu que o público levantasse o dedo no meio e apontasse para os policiais militares".
A assessoria de imprensa da Polícia Militar tinha dito anteriormente que Emicida fora detido, após o término da apresentação, por ter incitado o público a fazer gestos obscenos contra policiais militares do 41º Batalhão, que faziam o policiamento no evento, e contra políticos. A PM, no entanto, não soube informar se havia políticos presentes.
Ainda de acordo com a corporação, Emicida havia sido algemado e levado num carro de polícia até a 36ª Delegacia Seccional. O policial civil de plantão, contudo, afirma que o rapper chegou sem algemas ao local.
Emicida prestou depoimento e foi liberado e vai responder a processo por desacato. Segundo a Polícia Civil, que não divulga o depoimento, as penas para caso de TCO são alternativas. Após deixar a delegacia, ele ainda publicou em seu Twitter: "Obrigado comunidade hip hop de BH, rapaziada da ocupação Eliana Silva e produção do palco hip hop! Seguimos na mesma luta! #DedoNaFerida".
Pinheirinho e Cracolândia
O single "Dedo na ferida" foi lançado por Emicida em seu blog no início de março. Com uma batida pesada, que remete à era mais politizada do rap, o músico critica a polícia e aborda as polêmicas em torno do despejo de moradores de Pinheirinho e da cracolândia de São Paulo, entre outras.
O rap é “dedicado às vítimas do [favela do] Moinho, Pinheirinho, Cracolândia, Rio dos Macacos, Alcântara e todas as quebradas devastadas pela ganância”, como o artista diz logo no início. Na letra, há frases fortes como "Auschwitz ou gueto? Índio ou preto?/ Mesmo jeito, extermínio".
"Dedo na ferida" foi produzida por Renan Samam, colaborador habitual do rapper, e o clipe foi dirigido por Nicolas Prado, parceiro de Emicida na produtora Laboratório Fantasma.
Fonte: G1
CAMOCIM POLÍCIA 24hs
4 comentários:
esse emicida que quer ser dono da verdade deveria colocar o dedo na ferdida dele.
A censura voltou, quando é colocado o "dedo na ferida " da "justiça" lógico que vai ter puniçao e um simples preto cantor de rap logico que nõ vai ter, ele tbm falou dos politicos e ninguem fala sobre isso, mas como falou da policia vira um alarde, desacato a autoridade? por isso que a propria justiça vai acabar com isso...
Se todo mundo que se diz cantor(pelo menos esse cara não é cantor) desacatar a policia vai perder o moral perante o vagabundo, outro exemplo é a vei maconheira9rita lee) ofendeu a policia se deu mal.
Não só ele, mas todos os "cantores" de rapper deveriam ser presos e não liberados, pois incitam a população contra as autoridades policiais. As porcarias que eles "cantam" são verdadeiros hinos dos traficantes e deveriam, sim, ser proibidas as suas execuções em público. Isso é música de presidiário, de bandido. A censura precisa voltar neste País.
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