2 de abril de 2012

GREVE DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS CAUSA TUMULTO EM PRESÍDIOS.

Na Casa de Custódia de Caucaia, as mulheres dos presos enfrentaram o Batalhão de Choque com pedras e garrafas

A decisão do Governo de mandar retirar todos os agentes penitenciários das dependências unidades prisionais, na noite de anteontem, deixou o clima tenso entre os grevistas e policiais militares. A categoria decidiu paralisar as atividades na noite da última sexta-feira. A presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário (Sindasp), Socorro Marques, recebeu voz de prisão do major Plauto Roberto de Lima, diretor do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), em Itaitinga, acusada de crime de desobediência.

Barrados
Na Delegacia Metropolitana de Maracanaú, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (T.C.O.) e Socorro Marques foi liberada. Na manhã de ontem, ela e os colegas de diretoria foram barrados na unidades prisionais de Itaitinga.


Na manhã de ontem, as mulheres dos presos da Casa de Privação Provisória da Liberdade (CPPL), de Caucaia, entraram em confronto com policiais do Batalhão de Polícia de Choque. Na confusão, os PMs usaram spray de pimenta
FOTOS: TUNO VEIRA


Policiais militares formaram uma barreira a cerca de 150 metros de cada entrada de presídio. A presidente do Sindasp tentou negociar com a PM o acesso dos agentes às Casas de Privação provisória da Liberdade (CPPLs), informando que os agentes iriam entrar nas unidades para trabalhar. A resposta foi negativa. Para evitar confronto, os sindicalistas deixaram o local.

Somente no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), 30 por cento dos agentes penitenciários trabalharam.

Nas demais unidades: CPPLs I, II e III e IPPOO II, a segurança foi feita por policiais militares e as visitas começaram a entrar às 8 horas, mas somente mulheres tiveram permissão para visitar seus familiares presos. Os homens foram impedidos.


Revoltadas pela demora para visitar seus maridos, filhos e companheiros, as mulheres enfrentaram os militares. Jogaram pedras e garrafas de refrigerante contra os soldados. Dentro da CPPL, a tropa disparou granadas de gás lacrimogêneo


Tensão
Na Casa de Privação Provisória de Liberdade Desembargador Adalberto Barros Leal, a CPPL do Carrapicho, em Caucaia, os agentes penitenciários que estavam de plantão se recusaram a sair do local de trabalho e se amotinaram no interior da unidade. Eles trancaram os portões com cadeados e até algemas, tornando o clima bastante tenso, devido a iminência de um confronto com os policiais militares.

O agente Azevedo, diretor do Sindasp, disse que foram garantidos os direitos básicos do presos, como alimentação e banho, entretanto, as visitas foram suspensas, causando revolta nos familiares dos detentos.

Várias parentes de detentos tentaram fechar a rodovia de acesso à CPPL e por onde também trafegam veículos em direção ao Aterro Sanitário de Caucaia. As mulheres queriam impedir que os caminhões de lixo não passassem. BPChoque) interveio para desobstruir a via e usou spray de pimenta para dispersar as manifestantes. Como não conseguiram o intento de fechar a estrada, as mulheres se dirigiram ao portão da CPPL e o derrubaram. A PM usou duas bombas de efeito moral. As familiares dos detentos, no entanto, passaram a atirar pedras.


Vinte agentes prisionais acabaram detidos e levados para a delegacia de Caucaia, onde foram ouvidos

Negociação

A situação na CPPL do Carrapicho ficou ainda mais tensa depois que representantes do Sindasp chegaram e tentaram negociar a permanência dos agentes.

A tensão aumentou quando, por volta de 11 horas, os policiais militares se prepararam para invadir o local. Socorro Marques conversou com os oficiais da PM e com Bento Laurindo. Os agentes saíram pacificamente da Casa de Custódia, foram colocados em um micro-ônibus e levados à Delegacia Metropolitana de Caucaia (DMC). Lá o delegado Aroldo Mendes registrou um Boletim de Ocorrência (BO) de ato não delituoso. Três agentes estavam com pistolas. Após as apresentações dos registros e dos portes, as armas foram devolvidas a eles.

A pedido dos agentes, o presidente da OAB-CE, Valdetário Monteiro; e o representante da entidade junto ao Conselho Estadual de Segurança Pública, advogado Leandro Vasques, vão participar de um encontro com os agentes e o Governo no sentido das partes fecharem um acordo.

Sem negociação
22% de aumento salarial é a principal reivindicação dos agentes. Eles alegam que o Governo Estadual não cumpriu a promessa de encaminhar à AL o projeto de le.

Fonte: DN
CAMOCIM POLÍCIA 24hs

2 comentários:

Anônimo disse...

bloge muito paia

Anônimo disse...

a justisa de deus nâo falha ex o guetâo