30 de abril de 2012

LÍDER DA GREVE DA PM PEDE HABEAS CORPUS.

O deputado estadual do Ceará e policial militar capitão Wagner Sousa pediu nesta segunda-feira (30) habeas corpus preventivo. De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará, há um processo contra o líder da greve da Polícia Militar no Ceará, encerrada em 4 de janeiro. O policial, no entanto, afirma que ainda não foi formalmente notificado.
"Isso [habeas corpus preventivo] vai evitar que, se ocorrer a prisão, em nenhum momento vou me esconder. Vou me entregar até porque eu não diz nada demais. A população sabe que o capitão Wagner praticou, que foi reivindicar melhorias para a sua categoria", afirma o policial.


O líder da greve convocou os policiais para uma reunião da categoria que deve ser realizada no dia 26 de maio. O encontro, segundo capitão Wagner, será realizado para cobrar reivindicações prometidas pelo governo do estado com o fim da greve.

"Não se trata de nenhuma greve, nós vamos reivindicar as promessas feitas que ainda não foram cumpridas", diz capitão Wagner. Uma das promessas, segundo o policial, é anistia aos policiais que participaram do movimento grevista, considerado ilegal para a categoria. Em 9 de fevereiro, a Assembleia do Ceará aprovou a anistia dos policiais.

Na avaliação do presidente da Associação de Cabos e Soldados da Policiais Militares do Ceará, cabo Flávio Sabino, a aprovação indica que o que o governo "está avançando passo a passo, mas ainda faltam pontos a serem acertados". "Até o momento o governo tem cumprido todos os pontos acordados. 

Mas ainda esperamos o reajuste da carga horária semanal de 40 horas, recebimento do pagamento de horas extras, reestruturação das promoções e vale alimentação de R$ 10", diz Sabino. Atualmente os PMs do Ceará trabalham em média 48 horas semanais e vale alimentação diário de R$ 6.

O presidente da associação diz também estar "confiante" de que o governo vai atender as demais reivindicações da categoria. "Nós entendemos que o governo não tem apenas a demanda da Polícia Militar. Estamos avançando de forma lenta, mas estamos confiantes de que teremos as reivindicações", diz.

Entenda o caso

No dia 29 de dezembro parte dos policiais militares e bombeiros do Ceará decidiram paralisar as atividades até se reunirem com o governador Cid Gomes para ouvir as reivindicações da categoria. Durante a paralisação, os funcionários ficaram acampados no 6º Batalhão da Polícia Militar.

Os policiais e bombeiros reivindicavam aumento salarial reajuste salarial de 80% em quatro anos, sendo aumento de 20% em cada ano. Eles também pedem promoções e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, além da anistia para os manifestantes. Os policiais usaram carros da companhia para bloquear a rua que dá acesso ao Batalhão e esvaziaram os pneus dos veículos.

Após uma reunião, em que o governo concedeu a incorporação da gratificação ao salário e atendeu outras reivindicações, PMs e bombeiros encerraram a paralisação no dia 4 de janeiro.

Fonte: DN
CAMOCIM POLÍCIA 24hs

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