Além de um duplo homicídio ocorrido no ano passado, a empresa de vigilância é acusada de outras 17 mortes
A Polícia Civil aprofunda as investigações acerca da suposta participação de uma empresa de segurança clandestina comandada por um sargento reformado da Polícia Militar nos bairros Planalto Ayrton Senna (Pantanal) e Pan-Americano.
A Reportagem teve acesso a depoimentos de testemunhas de mais um crime atribuído à milícia. Nos relatos à autoridade policial, fica evidente o medo que o grupo armado impõe aos moradores dos dois bairros, sob o pretexto de prestar segurança.
ExecuçãoA Polícia Civil aprofunda as investigações acerca da suposta participação de uma empresa de segurança clandestina comandada por um sargento reformado da Polícia Militar nos bairros Planalto Ayrton Senna (Pantanal) e Pan-Americano.
A Reportagem teve acesso a depoimentos de testemunhas de mais um crime atribuído à milícia. Nos relatos à autoridade policial, fica evidente o medo que o grupo armado impõe aos moradores dos dois bairros, sob o pretexto de prestar segurança.
No fim do mês passado, o policial militar reformado Paulo Lima Pessoa, 43, foi ouvido no 19º DP (Conjunto Esperança) para explicar a participação de um membro da empresa de vigilância, a qual ele é apontado como proprietário, na execução do ajudante de produção Carlos Alberto Alves. O crime ocorreu no Pantanal, em agosto de 2008. O militar prestou depoimento no dia 24 de janeiro, declarações que foram anexadas ao inquérito de nº 119/139-2009. Ele negou ser o dono da empresa e também afirmou não conhecer o vigilante acusado do crime.
Segundo testemunhas, o rapaz foi morto por um funcionário da empresa ´Pessoa Segurança´ na madrugada do dia 14 de agosto de 2008, próximo ao ´Bar dos Reis´, no bairro Planalto Ayrton Senna (Pantanal).
Conforme o depoimento de uma testemunha (identidade preservada), dias antes de ser morta, a vítima havia se desentendido com um vigilante identificado como ´Guilherme´, na Rua Ipaumirim. Na madrugada do dia 14, Carlos Alberto estava conversando com amigos próximo a um bar quando o acusado e outro funcionário da empresa de segurança chegaram no local.
Sem discussão, o homem sacou um revólver e atirou quatro vezes contra a vítima, mas a arma falhou nas três primeiras tentativas e apenas no último disparo atingiu a cabeça do jovem. Ele foi levado para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro), mas não resistiu ao ferimento.
O inquérito sobre o caso foi enviado ao Poder Judiciário e devolvido para mais investigações, em julho de 2010. O delegado Gerardo Luiz Alves, a época na titularidade do 19º DP, deu prosseguimento e ouviu várias testemunhas que apontaram o vigilante da ´Pessoa Segurança´ como o autor do crime.
Ao assumir a DP, o delegado Aurélio Pereira de Araújo foi encarregado de apurar o duplo assassinato, que vitimou o casal Cláudio Willame da Silva, 22; e Maria Auricélia Santos da Silva, 32. Durante as investigações sobre o duplo homicídio, que resultou no indiciamento de Paulo Pessoa, o irmão dele, Francisco Lima Pessoa, 28, o ´Chico da Nazaré´; e outros quatro supostos integrantes da milícia, Aurélio realizou um minucioso levantamento acerca de crimes sem autoria conhecida no Pantanal e encontrou 16 casos de execuções sumárias desde 2007.
"Depois de analisar alguns desses casos, chegamos ao nome da empresa"disse. Aurélio evitar denominar o grupo como uma milícia, mas sustenta que as testemunhas apontam integrantes da empresa de vigilância como "os matadores do bairro´.
Fonte: DN
CAMOCIM POLÍCIA 24hs
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