25 de fevereiro de 2012

INDIGNADOS, POLICIAIS DIZEM QUE ESCOLTA NO IJF É TENSA E COBRAM CONSTRUÇÃO DE HOSPITAL PRESÍDIO.

Cerca de 35 viaturas da Polícia Militar estariam todos os dias circulando a mais nos bairros de Fortaleza, se soldados, cabos e sargentos não estivessem no serviço de escolta de presos no Instituto Doutor José Frota (IJF).
A indignação é dos próprios policiais militares, que reclamam que o serviço de escolta não é da competência da PM. Segundo alguns policiais que cumprem a função nas enfermarias do IJF, em escalas de 12 horas trabalhadas por 24 horas de folga ou 24 horas trabalhadas por 48 horas de folga, uma média mensal de 140 PMs são desviados de suas funções para cuidar de presos no maior hospital de emergência do Estado.

De acordo ainda com os PMs, a construção de um hospital-presídio regularizaria a função da guarda, além de proporcionar mais segurança aos pacientes que se encontram internados nas mesmas enfermarias que homicidas, traficantes e assaltantes de bancos.

Tensão

Segundo relato dos PMs, a escolta de presos ficou tensa desde que a Prefeitura acabou com a enfermaria-xadrez e a Justiça determinou a retirada das algemas dos presos. Conforme os policiais, não há como a Polícia garantir a segurança de médicos, enfermeiros e pacientes, no caso de uma tentativa de resgate de traficantes ou assaltantes de bancos.

Outra grave situação é o bom relacionamento de familiares de traficantes com acompanhantes de outros pacientes e com os próprios pacientes. De acordo com os PMs, a direção do hospital não proíbe que esposas, mães e irmãs de traficantes levem televisão para as enfermarias, como também distribuam biscoitos, bolos e outros alimentos com os familiares de outros pacientes.

Como resultado, conforme os PMs, os policiais das escoltas passam a ser vistos como os vilões, sem direito sequer a cumprimentos de funcionários do hospital.

Fonte: O POVO
CAMOCIM POLÍCIA 24hs

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