A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom) informou na tarde desta quinta-feira (2) que a Força Nacional de Segurança Pública irá reforçar o policiamento em Salvador. Ainda nesta noite, 150 policiais chegam à cidade e, nas próximas 48 horas, outros 500 deverão desembarcar na capital baiana.
A informação foi divulgada pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, durante entrevista coletiva concedida, no auditório da SSP, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). "Vamos empregar todas as forças para garantir a tranquilidade", disse Maurício.
Segundo, ele 2/3 da Polícia Militar não aderiu à greve. No total, o efetivo da corporação é de 30 mil homens. Além dele, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Braga de Castro, também esteve presente. O reforço no policiamento é anunciado diante da greve parcial dos policiais militares. PMs e bombeiros ligados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em assembleia realizada na tarde da última terça-feira (31).
Ainda hoje, o Comando da PM anunciou o reforço no policiamento das cidades de Feira de Santana e Ilhéus. Para Feira foram deslocadas viaturas da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE) Litoral Norte. Já para a cidade de Ilhéus foram enviadas equipes da CIPE Cacaueira.
Segundo a PM, o objetivo do reforço policial é intensificar e garantir a segurança da população.
Greve ilegal
O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito, considerou ilegal a greve parcial dos policiais militares da Bahia e determinou nesta quinta-feira (2) o imediato retorno dos PMs ao serviço.
A decisão foi tomada após entrega do requerimento do Estado, por meio da Procuradoria Geral do Estado, à Vara da Fazenda Pública.
O juiz decidiu que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (ASPRA - BA) suspenda o movimento grevista, cumprindo a decisão de imediato, sob pena de multa de R$ 80 mil, por cada dia de paralisação a partir desta quinta (2). O juiz intima ainda a Polícia Militar, via Comando Geral da instituição, para o cumprimento da determinação.
A decisão foi apresentada no final da manhã desta quinta-feira (2), pelo procurador geral do Estado, Rui Moraes, na sede da Fundação Luis Eduardo Magalhães, no Centro Administrativo da Bahia.
Início da paralisação
Em uma assembleia realizada na tarde da última terça-feira (31), os policiais militares e os bombeiros ligados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Associação decretou greve por tempo indeterminado em assembleia |
Policiais militares de Ilhéus, no sul do estado, também aderiram à paralisação. Segundo o coronel Reis, comandante da Polícia Militar da Região Sul, a paralisação é restrita ao município de Ilhéus, mas serviços essenciais, como a guarda dos presídios, e guarnições emergenciais continuam trabalhando normalmente.
Apesar da decisão tomada pela Aspra, a assessoria do comando da PM não reconhece a greve e diz que o órgão funciona normalmente, mesmo com o indicativo de paralisação. O diretor de comunicação da PM Gilson Santiago disse que todas as unidades estão funcionando normalmente e que os PMs que trabalham à noite já estão assumindo seus postos. A Aspra é uma das nove associações dos policiais militares na Bahia.
Os policiais reivindicam o cumprimento da lei 7.145 de 1997, com pagamento imediato da GAP V, incorporação da GAP V ao soldo, regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade, cumprimento da lei da anistia e a criação do código de ética, além da criação de uma comissão para discutir um plano de carreira para a categoria.
Fonte: Policial BR
CAMOCIM POLÍCIA 24hs
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