Bombeiros e policiais civis e militares do Rio decidiram nesta segunda-feira (13) suspender a paralisação iniciada na última quinta-feira (9). A assembleia foi realizada na Lapa, no Centro da cidade. Na noite de quinta, cerca de duas mil pessoas haviam aprovado a paralisação em outra assembleia, na Cinelândia, também no Centro. Juntas, as categorias somam 70 mil pessoas.
No sábado (11), o inspetor da Polícia Civil e diretor do Sindpol, Francisco Chao, já havia informado que a corporação suspendeu a participação no movimento grevista. No domingo (12), uma assembleia de bombeiros na marcada na praia de Copacabana foi adiada para acontecer na assembleia geral desta segunda. A liderança do movimento grevista dos bombeiros argumentou que o grupo não estava totalmente representado na manifestação.
Corpo de Bombeiros
No Corpo de Bombeiros, a rotina dos trabalhos foi normal nesta segunda-feira. Segundo a assessoria da corporação, os 162 guarda-vidas que cumpriam medida disciplinar em quartéis trabalharam normalmente no domingo (12) em seus postos de salvamento e não houve faltas.
Segundo a corporação, continuam presos em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, nove bombeiros que tiveram a prisão decretada por envolvimento no movimento grevista. Foram expedidos pela Justiça 11 mandados de prisão, sendo que dois ainda não foram cumpridos.
O cabo Benevenuto Daciolo, que teve a prisão preventiva decretada pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria de Justiça Militar, na noite de quarta-feira (8), também segue preso no mesmo presídio. Ele foi detido na noite anterior, acusado de praticar os crimes de incitamento e aliciamento a motim. Daciolo foi um dos principais líderes do movimento grevista dos bombeiros no ano passado.
Bombeiros e policiais pedem a implementação do piso salarial de R$ 3.500 e a liberdade do cabo Daciolo, que foi flagrado em escuta telefônica organizando greve na Bahia.
Na manhã desta segunda, um grupo de deputados e mulheres de policiais e bombeiros grevistas presos fez uma reunião com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A OAB resolveu pedir esclarecimentos à Secretaria de Segurança sobre as prisões.
A família do cabo Daciolo informou que ele está fazendo greve de fome. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que o cabo vem recusando as refeições e por isso recebe atendimento médico diário.
PMs presosNa noite de sexta-feira (10), a Polícia Militar informou que 17 policiais permaneciam presos por aderir ao movimento grevista: dez tiveram a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça (TJ-RJ) por conclamar e incitar a greve e sete foram autuados em flagrante por crime de desobediência.
Fonte:G1
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