Policiais militares filiados à Associação dos Oficiais da PM da Bahia (AOPMBA) reunidos na noite de quinta-feira (9) decidiram não aderir à greve de parte da categoria. "Nós estamos juntos com seis associações e todas são a favor do fim da greve, embora a proposta do governo, principalmente a questão salarial, não atenda às nossas necessidades", disse Edmilson Tavares, presidente da AOPMBA. Convocada em caráter extraordinário, a reunião teve 205 participantes: 151 votaram contra a greve e 54 foram favoráveis.
Também na noite de quinta-feira, a assessoria do governo do estado reafirmou que o governador Jaques Wagner não apresentará uma nova proposta aos PMs. De acordo com a Secom, não há orçamento para ceder um aumento superior aos 6,5% propostos. O pagamento das Gratificações por Atividade Policial, as chamadas GAPs, que estão entre as reivindicações dos grevistas, também só poderão ser pagas a partir de novembro deste ano.
Embora a Assembleia Legislativa tenha sido desocupada na manhã de quinta-feira, a greve foi mantida na Bahia. Policiais vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), grupo que liderava a ocupação, passaram o dia reunidos no Sindicato dos Bancários, no Largo dos Aflitos, em Salvador.
Os oficiais da PM, que preferem negociar sem cruzar os braços, dizem colocar o bem da população em primeiro lugar. "Nossa intenção não é enfraquecer o movimento, mas não podemos paralisar nossas atividades prejudicando o povo baiano, o povo baiano já sofreu muito. Agora é momento de união, de reconstruir", disse Edmilson Tavares.
avares se mostrou surpreso ao ser informado por jornalistas, ao fim da reunião, que a categoria entrou em greve no Rio de Janeiro. "Não, o comando aderiu? Estou sabendo agora, mas infelizmente há uma orquestração dessas greves. Quando o movimento começou, sem a nossa participação, nós sempre fomos mediadores, e nós estamos assim, não podemos deixar o povo sofrer, nossa decisão foi em favor do povo", afirmou.
O presidente da Associação também comentou as gravações telefônicas nas quais Marco Prisco incitaria ações de vandalismo no período de greve. "Ainda não deu para mensurar como refletiu na corporação, mas há um clima de revolta. Porque ele usou policiais militares nesse movimento e muitos em confiança a ele, que o tempo todo ele negou que estava fazendo esse tipo de atividade criminosa. Acho que ele utilizou os policiais militares que estavam insatisfeitos com o governador do estado", avalia.
Embora a Associação tenha 1.700 membros e um mínimo de 340 agentes devessem votar, 20% do número total, a votação foi considerada legítima, por se tratar de uma convocação extraordinária. O comandante geral da PM, Alfredo Castro, participou do encontro e antecipou a votação com um discurso a favor do término da greve, de acordo com a assessoria da AOPMBA.
Fonte: G1
CAMOCIM POLÍCIA 24hs
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