17 de janeiro de 2012

POLÍCIAS MILITARES DO PARÁ E PARANÁ AMEAÇAM ENTRAR EM GREVE.

NO PARÁ

O governo do Pará e servidores das polícias Civil e Militar devem iniciar, nesta semana, as negociações em torno da pauta de reivindicações do setor da segurança pública.

Hoje, às 16h, os titulares das secretarias de Segurança (Segup), Luiz Fernandes, e de Administração (Sead), Alice Viana, se reúnem com a associação dos praças. Na semana que vem, o encontro deve ser com o Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil (Sindpol/PA). A proposta a ser apresentada hoje pelo governo aos praças será avaliada em assembleia marcada para amanhã, às 18h. Caso não haja acordo, os militares não descartam uma paralisação. Entre os policiais civis, ainda não há indicativo de greve.
Eles querem primeiro avaliar as propostas a serem apresentadas pelo governo. A expectativa é de que as negociações estejam concluídas em meados de fevereiro.

Os policiais civis reivindicam reajuste salarial de 63%. Eles enviaram ao Estado uma proposta em agosto do ano passado e aguardam uma posição. Segundo o presidente do Sindpol, Luiz Júnior, os policiais amargam perdas acumuladas há 14 anos.

O promotor militar Armando Brasil recebeu ontem cinco associações de militares, bombeiros e familiares dos policiais. As entidades apresentaram a reivindicação do setor e Brasil deve encaminhá-las por meio de ofício ao secretário de Segurança. “A ideia é intermediar um termo de Ajuste de Conduta (TAC)”, explica o promotor.

Os militares reivindicam reposição de 100% das perdas e mais 14% de reajuste. Também querem o pagamento de 100% do soldo a título de gratificação por risco de vida. Hoje o Estado paga apenas 50%. Querem também o pagamento da gratificação para os militares que vão atuar no interior, o que não ocorre desde 2005.

Ontem, o governo não se pronunciou sobre as reivindicações. Os titulares das secretarias de Administração e de Segurança ainda fazem os cálculos para avaliar que tipo de proposta poderá ser feita aos policiais a partir de agora, com a abertura das negociações.(Diário do Pará) Movimentos da PEC 300.

NO PARANÁ

Policiais militares do Paraná podem entrar em greve caso não haja acordo com o governo estadual em relação ao cumprimento da Emenda 29.
Ela é um dispositivo aprovado ainda em 2010, no governo de Orlando Pessuti, que prevê que policiais militares e bombeiros concursados tenham formação superior prévia e possibilita a reposição das perdas salariais.
A Secretaria da Administração e Previdência enviou no começo do mês ao comando da Polícia Militar proposta de pagamento dos subsídios previstos na Emenda 29. Na sexta-feira, as associações representativas da classe apresentaram para o Comando Geral da PM uma contraproposta, que será avaliada. O objetivo é apresentar para o governo estadual, até o fim do mês, uma proposta única, definida em conjunto entre as associações e os oficiais representantes do comando da PM.
Ameaça

De acordo com o coronel Elizeu Furquim, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (Amai), entidade que lidera as negociações com o governo estadual, se não houver uma resposta positiva em relação à contraproposta, uma paralisação será inevitável. "Por enquanto, estamos na mesa de negociação. E quem negocia não pode parar para fazer greve".

Em caso de paralisação, Furquim afirma que haverá planejamento de greve para que não haja prejuízo para a população. Segundo informações apuradas, já existe movimentações nos quartéis para que manifestações em prol do cumprimento da Emenda 29 sejam realizadas nas próximas semanas. A ideia é que oficiais que estejam cumprindo sua folga promovam passeatas para pressionar o governo a pagar o quanto antes os subsídios previstos na emenda.
Fonte: Capitão Assunçã e Rio Mafra
CAMOCIM POLÍCIA 24hS

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