19 de agosto de 2011

PRA COMBATER VIOLÊNCIA NO CAMPO, PREFEITURA DE PACAJUS CRIA O "RONDA RURAL".

Com seis meses de atuação, a iniciativa Ronda Rural tem o objetivo de diminuir a violência no campo
 
A cidade de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza, conta, há seis meses, com um programa inovador para a segurança no campo: Ronda Rural. Mesmo com uma população predominantemente urbana, dos cerca de 62 mil habitantes, 20% se concentram na zona rural, o Município registrava crimes contra as famílias do campo.

"Há muito tempo que a zona urbana passou a ser super fiscalizada e a zona rural não. Então, a zona rural passou a ser o morro do Rio de Janeiro. Passou a ser o local do crime organizado", contou o prefeito Pedro José, explicando a necessidade da implantação do programa.

"Antes, a localidade tinha uma escola, um posto e antigamente não tinha equipamento de muito valor. Hoje, temos computadores, impressoras, geladeiras e televisão. O valor é deles é, muitas vezes, bem maior que o valor do prédio. E nós temos que proteger isso também".

Além de proteger o patrimônio público, os profissionais do Ronda Rural têm protegido a população. Em um trabalho conjunto com as polícias Militar e Civil, Guarda Municipal, Ronda do Quarteirão e Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), o projeto é composto por 12 guardas municipais e dois policiais militares, atuando 24 horas por dia. O programa dispõe de uma viatura pick-up L200, equipada com rádio escuta; prédio sede, com alojamento e internet.

Para o prefeito Pedro José, o programa tem levado nova perspectiva às comunidade rurais, oferecendo segurança ao homem do campo, evitando o êxodo rural. "As moradias ficavam descobertas. E por conta da insegurança, essas pessoas não tinham mais interesse em permanecer no campo".

Ação complementar

Outra ação importante implementada pela Prefeitura de Pacajus foi a organização da feira livre do Município. "A fiscalização e organização da feira possibilita não ter produtos roubados sendo comercializados", disse Pedro José. Os mototaxistas também foram identificados com coletes e implantada a Cooperativa dos Mototaxistas do Município.

Além disso, foi distribuído com os moradores das comunidade rurais o número dos telefones dos órgãos de segurança, para facilitar a atuação da polícia nestes locais. "Só em a gente anunciar, quando eles sabem que estamos monitorando, eles mesmos já se inibem. Os bares estão fechando mais cedo, por exemplo", conta o gestor.
Fonte: DN

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