11 de julho de 2011

DEVIDO A GREVE DOS PERITOS, CORPO FICA NA RUA MAIS DE 8 HORAS

Apenas uma equipe da Perícia foi designada para atender a todas as ocorrências registradas na Grande Fortaleza
Além do drama de perder um parente, familiares de vítimas de homicídios e acidentes de trânsito ocorridos na Grande Fortaleza enfrentaram outro desafio este fim de semana: a retirada do corpo de seus parentes das ruas devido à greve dos peritos criminais. Em alguns casos, a demora ultrapassou oito horas, aumentando o sofrimento das famílias enlutadas.

A Reportagem acompanhou a revolta de algumas dessas famílias durante o dia de ontem. Em Horizonte, quando os peritos da Coordenadoria de Criminalística (CC) da perícia Forense (Pefoce) chegaram à Rua Honorato Silvestre da Silva, no Município de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, o corpo de Francisco Cleiton da Silva Nascimento da Silva, 22, estava há mais de oito horas rua para ser periciado.
A situação se repetiu em outros casos, como na morte do motociclista Francisco Tenório Severo de Morais, 40. Ele morreu em decorrência de uma acidente de trânsito na Avenida Lauro Vieira Chaves, na Vila União, por volta das 9 horas.

Dor
Depois de cinco horas, o corpo de Tenório permanecia aguardando a única equipe da Perícia atendendo em toda Grande Fortaleza. "Além da dor, temos que enfrentar o descaso. Quando tá todo mundo (peritos) já é difícil, imagina só com 30 por cento", desabafou o primo da vítima, Everardo Fidélis da Silva.

Além dos peritos, os policiais civis também mantiveram a paralisação no fim de semana, apesar da ordem do juiz da Sexta Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza Paulo de Tarso Pires Nogueira, que declarou a ilegalidade do movimento paredista.

A assessoria jurídica do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci) ingressou com um pedido de reconsideração na 6ª Vara da Fazenda Pública e também com um agravo de instrumento junto ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A categoria deve se reunir, na tarde de hoje, em assembleia em frente à sede do Sinpoci para decidir se permanece em greve.
Fonte: DN

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