
Além do drama de perder um parente, familiares de vítimas de homicídios e acidentes de trânsito ocorridos na Grande Fortaleza enfrentaram outro desafio este fim de semana: a retirada do corpo de seus parentes das ruas devido à greve dos peritos criminais. Em alguns casos, a demora ultrapassou oito horas, aumentando o sofrimento das famílias enlutadas.
A Reportagem acompanhou a revolta de algumas dessas famílias durante o dia de ontem. Em Horizonte, quando os peritos da Coordenadoria de Criminalística (CC) da perícia Forense (Pefoce) chegaram à Rua Honorato Silvestre da Silva, no Município de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, o corpo de Francisco Cleiton da Silva Nascimento da Silva, 22, estava há mais de oito horas rua para ser periciado.
Dor
Depois de cinco horas, o corpo de Tenório permanecia aguardando a única equipe da Perícia atendendo em toda Grande Fortaleza. "Além da dor, temos que enfrentar o descaso. Quando tá todo mundo (peritos) já é difícil, imagina só com 30 por cento", desabafou o primo da vítima, Everardo Fidélis da Silva.
Além dos peritos, os policiais civis também mantiveram a paralisação no fim de semana, apesar da ordem do juiz da Sexta Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza Paulo de Tarso Pires Nogueira, que declarou a ilegalidade do movimento paredista.
A assessoria jurídica do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci) ingressou com um pedido de reconsideração na 6ª Vara da Fazenda Pública e também com um agravo de instrumento junto ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A categoria deve se reunir, na tarde de hoje, em assembleia em frente à sede do Sinpoci para decidir se permanece em greve.
Fonte: DN
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