Ilyas Kashmiri, alto comandante da Al-Qaeda e possível substituto de Osama bin Laden, foi morto hoje no Paquistão, após um ataque de míssil realizado por tropas dos Estados Unidos na fronteira com o Afeganistão, segundo a inteligência paquistanesa. Militantes do grupo também confirmaram a informação, de acordo com a Associated Press.
Kashmiri era considerado um dos mais perigosos integrantes do grupo radical e seu desaparecimento apenas um mês após a morte de bin Laden pode abalar a Al-Qaeda. Descrito por autoridades dos EUA como chefe militante no Paquistão, ele era um dos cinco líderes da Al-Qaeda mais procurados do país, acusado de vários ataques, incluindo o massacre de Mumbai, uma série de dez atentados na maior cidade da Índia, em novembro de 2008, que matou mais de 160 pessoas.
Sua morte ainda não foi confirmada oficialmente nem pelos Estados Unidos nem pelo Paquistão. É difícil a confirmação da identidade de pessoas mortas em ataques de mísseis. E Kashmiri já foi dado como morto em 2009, informação desmentida depois.
Já houve outros casos de informações iniciais serem falsas ou de nunca serem formalmente confirmadas pelas autoridades. Mas um fax enviado pelo grupo que ele chefiava - o Harakat-ul-Jihad, o temido Brigada 313 - confirmou que Kashmiri foi "martirizado" no ataque, realizado às 23h15 do sábado, no horário local, na região tribal de Waziristan. O grupo prometeu vingar a morte do líder. Uma autoridade paquistanesa, que pediu anonimato, também disse que Kashmiri estava entre os nove militantes mortos no ataque.
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