4 de junho de 2011

EM MATO GROSSO DO SUL, ÔNIBUS COM ALUNOS INDÍGENAS É INCENDIADO COM COQUETEL MOLOTOV


Veículo estava na entrada de uma aldeia quando ataque ocorreu. Cinco pesoas, entre alunos e motorista ficaram feridos gravemente.
Ônibus lotado com estudantes indígenas foi incendiado com coquetel molotov por volta das 23 horas desta sexta-feira (3) em Miranda, município a 203 quilômetros de Campo Grande. Cinco pessoas, entre alunos e o motorista, ficaram feridos gravemente e foram levados para o hospital da cidade e a Santa Casa da capital.
Segundo a Polícia Militar, o ônibus é de uma empresa que presta serviços para a prefeitura no transporte escolar. O veículo, que faz diariamente o trajeto de aproximadamente oito quilômetros entre o centro e as aldeias da zona rural, levando estudantes indígenas do ensino médio e de cursinhos, estava próximo à entrada da Aldeia Babaçu quando foi atacado.




Conforme relataram estudantes aos policiais militares, um homem saiu correndo de um matagal às margens da estrada e atirou um coquetel molotov no parabrisa do ônibus. Com o impacto, o vidro se quebrou e o fogo se espalhou pela parte dianteira do veículo. Ao mesmo tempo diversas pedras foram atiradas contra as janelas do lado direito, quebrando vidros, inclusive os da porta.
Para fugir do fogo que se alastrava rapidamente, os estudantes saíram pela porta e pelas saídas de emergência nas janelas do ônibus, de acordo com a PM. Os policiais chegaram ao local por volta das 23h40, fizeram uma varredura no perímetro mas não localizaram nenhum suspeito. O caso foi registrado na Polícia Civil de Miranda, que abriu um inquérito para investigar a ocorrência.

O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Miranda, Evair Borges, disse que ainda não existem suspeitos sobre quem foi o autor do ataque ao ônibus escolar. Ele comentou que na manhã deste sábado (4), junto com o cacique Adilson, da aldeia Cachoeirinha, esteve na garagem da empresa proprietária do ônibus onde encontraram dentro do veículo partes de uma garrafa, que poderia ser do coquetel molotov que atingiu o coletivo.

Borges disse que pediu apoio à Polícia Militar e a Polícia Civil para que sejam encontrados os responsáveis pelo ataque ao ônibus. As lideranças indígenas também se mobilizaram para ajudar na investigação.
G1

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