O enredo até parece coisa de cinema: uma amiga é acusada de roubar a outra e, com medo de ser descoberta, tenta matá-la. Primeiro, com uma faca. Depois, com uma comida envenenada. A desempregada Rafaela de Assis dos Santos, de 21 anos, está detida na Polinter, acusada de envenenar com chumbinho a amiga e vizinha Samara da Silva Gomes, de 24 anos, na comunidade Tirol, na Freguesia, em Jacarepaguá, na última quinta-feira.
Passando mal, com hemorragia e falta de ar, Samara foi levada ao Hospital Cardoso Fontes. Laudo médico comprova envenenamento. A comida que teria recebido o chumbinho está em análise no Instituto Médico-Legal.
À polícia, Samara contou que, em idas ao banco, descobriu que todo seu dinheiro (R$ 900) havia sido sacado. Ela imaginou que só alguém que frequentasse sua casa poderia conhecer sua senha e usar o cartão.
Rafaela soube da desconfiança de Samara e, na madrugada de quinta-feira, teria tentado matá-la.
Passando mal, com hemorragia e falta de ar, Samara foi levada ao Hospital Cardoso Fontes. Laudo médico comprova envenenamento. A comida que teria recebido o chumbinho está em análise no Instituto Médico-Legal.
À polícia, Samara contou que, em idas ao banco, descobriu que todo seu dinheiro (R$ 900) havia sido sacado. Ela imaginou que só alguém que frequentasse sua casa poderia conhecer sua senha e usar o cartão.
Rafaela soube da desconfiança de Samara e, na madrugada de quinta-feira, teria tentado matá-la.
— Ela apareceu com a faca, mas o menino que dormia aqui em casa acordou e ela foi embora — contou a vítima que, a princípio, não desconfiou da amiga.
Para obrigá-la a confessar o furto, Samara inventou a história de que o banco iria mostrar imagens de quem fez o saque. Como Samara iria ao banco após o almoço, Rafaela aproveitou a hora da refeição para, então, envenená-la.
— Estava comendo quando ela chegou e jogou mais comida no meu prato. Dei umas garfadas e senti um gosto amargo — lembra Samara.
Para obrigá-la a confessar o furto, Samara inventou a história de que o banco iria mostrar imagens de quem fez o saque. Como Samara iria ao banco após o almoço, Rafaela aproveitou a hora da refeição para, então, envenená-la.
— Estava comendo quando ela chegou e jogou mais comida no meu prato. Dei umas garfadas e senti um gosto amargo — lembra Samara.
O motorista Leandro Brandão, de 38 anos, que socorreu Samara, contou ter visto Rafaela quebrando, dias antes, um cartão de crédito:
— Perguntei o motivo: se ela estava com raiva ou se não tinha dinheiro. Ela só disse que estava dura.
Rafaela nega a acusação, mas a polícia descobriu que o veneno foi comprado com Crispiniano Gomes, solto após o pai da jovem ter pago fiança.
O passo a passo do crime
Saques da conta
Na segunda-feira (16), Samara foi ao banco e descobriu que sua conta estava zerada. O gerente a informou que um saque de R$ 650 havia sido feito três dias antes.
Compras no Centro
À tarde, Samara foi ao Centro do Rio e encontrou Rafaela comprando cabelo natural. Samara, que é cabeleireira, sabe que cabelo é caro e ficou desconfiada.
Desconfiança
Conversando com vizinhos, Samara descobriu que Rafaela tinha comprado coisas caras, como tênis. Samara, mais uma vez, estranhou, já que a amiga estava desempregada.
Primeira tentativa
Na noite de quarta-feira, Rafaela convenceu Larissa da Conceição, de 13 anos, que mora com Samara, a dormir em sua casa. Na madrugada de quinta, ela foi à casa da vítima com uma faca. Foi surpreendida por uma criança que dormia lá. Na manhã seguinte, disse para Samara que teria ido a sua casa pedir um remédio. E mais: afirmou que a faca era para cortar um limão que estava comendo.
’Imagens’ do banco
Sandra dos Santos, de 26 anos, bolou um plano para tentar desmascarar Rafaela. Ela sugeriu a Samara que falasse com a vizinha que o banco iria mostrar as "imagens" de quem havia feito o saque de sua conta.
— Perguntei o motivo: se ela estava com raiva ou se não tinha dinheiro. Ela só disse que estava dura.
Rafaela nega a acusação, mas a polícia descobriu que o veneno foi comprado com Crispiniano Gomes, solto após o pai da jovem ter pago fiança.
O passo a passo do crime
Saques da conta
Na segunda-feira (16), Samara foi ao banco e descobriu que sua conta estava zerada. O gerente a informou que um saque de R$ 650 havia sido feito três dias antes.
Compras no Centro
À tarde, Samara foi ao Centro do Rio e encontrou Rafaela comprando cabelo natural. Samara, que é cabeleireira, sabe que cabelo é caro e ficou desconfiada.
Desconfiança
Conversando com vizinhos, Samara descobriu que Rafaela tinha comprado coisas caras, como tênis. Samara, mais uma vez, estranhou, já que a amiga estava desempregada.
Primeira tentativa
Na noite de quarta-feira, Rafaela convenceu Larissa da Conceição, de 13 anos, que mora com Samara, a dormir em sua casa. Na madrugada de quinta, ela foi à casa da vítima com uma faca. Foi surpreendida por uma criança que dormia lá. Na manhã seguinte, disse para Samara que teria ido a sua casa pedir um remédio. E mais: afirmou que a faca era para cortar um limão que estava comendo.
’Imagens’ do banco
Sandra dos Santos, de 26 anos, bolou um plano para tentar desmascarar Rafaela. Ela sugeriu a Samara que falasse com a vizinha que o banco iria mostrar as "imagens" de quem havia feito o saque de sua conta.
Almoço
Antes de "ir" ao banco, Samara encomendou quentinhas para elas. Rafaela foi em casa fechar a porta. Samara acredita que, neste momento, ela foi buscar o chumbinho. Samara já comia, quando Rafaela jogou um pouco de comida no seu prato.
Gosto estranho
Samara sentiu a comida amargar. Rafaela também fingiu passar mal por causa da comida. Vizinhas desconfiaram do envenenamento. Rafaela disse que iria pedir um táxi para Samara, mas as amigas viram que o celular estava descarregado.
Prova no lixo
Samara mandou pegarem o lixo onde ela havia jogado a comida envenenada, mas o saco já tinha sumido. Amigos dela procuraram e o encontraram numa caçamba. A comida foi levada para análise.
Antes de "ir" ao banco, Samara encomendou quentinhas para elas. Rafaela foi em casa fechar a porta. Samara acredita que, neste momento, ela foi buscar o chumbinho. Samara já comia, quando Rafaela jogou um pouco de comida no seu prato.
Gosto estranho
Samara sentiu a comida amargar. Rafaela também fingiu passar mal por causa da comida. Vizinhas desconfiaram do envenenamento. Rafaela disse que iria pedir um táxi para Samara, mas as amigas viram que o celular estava descarregado.
Prova no lixo
Samara mandou pegarem o lixo onde ela havia jogado a comida envenenada, mas o saco já tinha sumido. Amigos dela procuraram e o encontraram numa caçamba. A comida foi levada para análise.
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