´Cartãozeiro´ acabou detido em sua casa, no bairro Castelão, onde havia montado uma base para as ações criminosas
Uma investigação desenvolvida pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) há dois meses resultou, no último fim de semana, na prisão de um homem com mais de 320 cartões magnéticos clonados.
Com a captura de Antônio Cleiton Bezerra Oliveira, 30, a Polícia está prestes a desarticular mais uma quadrilha acusada de crimes de estelionato no Estado. "Temos nomes de outros envolvidos no crime, estamos trabalhando para prendê-los", afirmou o delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, titular da DDF.
ClonagemUma investigação desenvolvida pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) há dois meses resultou, no último fim de semana, na prisão de um homem com mais de 320 cartões magnéticos clonados.
Com a captura de Antônio Cleiton Bezerra Oliveira, 30, a Polícia está prestes a desarticular mais uma quadrilha acusada de crimes de estelionato no Estado. "Temos nomes de outros envolvidos no crime, estamos trabalhando para prendê-los", afirmou o delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, titular da DDF.
Cleiton, que é natural do Município de Independência (a 310Km de Fortaleza), foi preso no último fim de semana, quando saía de sua casa, na Rua Jatobá, bairro Castelão. Com ele, estavam cinco cartões clonados e a Hilux de placa HXF-6068. Dentro da casa, outras centenas de cartões magnéticos clonados - a maioria deles com senhas de quatro dígitos escritas no verso -, além de dezenas de objetos usados para a clonagem de cartões, como peças para montagem de ´chupa-cabra´, leitoras de cartões e um revólver de calibre 38.
De acordo com o que foi apurado pela Polícia, Cleiton atuava em três momentos do golpe. "Ele montava máquinas ´chupa-cabra´ (que copiam e armazenam dados das tarjas de cartões), clonava os cartões e confeccionava os plásticos já com os dados clonados", destacou Jaime Linhares.
A maioria dos cartões apreendidos era do Bradesco e da Caixa Econômica Federal (CEF). Dentre os objetos encontrados na casa de Cleiton, havia, ainda, frentes de terminais de autoatendimento, microcâmeras, baterias, chips e um rolo de papel apropriado para a confecção de tarjas magnéticas.
Carcaças
"Todo o material era preparado e instalado nas máquinas para copiar os dados dos cartões utilizados naquele terminal. Certamente o grupo agia no Ceará há mais de dois meses", confirmou o delegado.
Segundo o titular da DDF, a Especializada investiga também o comércio de carcaças de caixas eletrônicos para as quadrilhas que atuam neste ramo criminoso. "Quando adquirem uma carcaça de caixa, os bandidos aproveitam praticamente tudo", destacou.
O notebook de Antônio Cleiton, também apreendido pela Polícia Civil, está sendo analisado pela Perícia Forense.
Estelionato
"Procuramos pelas trilhas dos cartões que foram clonados. Através do computador também podem surgir novos fatos que envolvem a quadrilha", acrescentou Jaime. Cleiton foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, tentativa de estelionato e por infração ao artigo 294 do Código Penal Brasileiro (fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação).
Para o titular da DDF, o prejuízo causado pela quadrilha é incalculável. "Temos ainda outro problema sério que vem se relacionando ao crime da clonagem de cartões: execuções. Nos últimos meses, alguns casos de crimes de pistolagens registrados no Estado teriam sido praticados entre grupos rivais de ´cartãozeiros´. A violência entre as quadrilhas se assemelha ao problema do tráfico de drogas".
Diversos crimes misteriosos estão sendo investigados pela Polícia com a suspeita de que as vítimas eram integrantes de quadrilhas locais envolvidas na clonagem de cartões.
Po conta disso, as autoridades policiais acreditam que tais crimes sejam resultantes de queima de arquivo ou ´acerto de conta´ entre os membros destes grupos.
Outro dado que a Polícia Civil está levantando diz respeito a ´cartãozeiros´ que são oriundos de Independência e dos Municípios vizinhos, como Crateús e Novo Oriente.
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