10 de março de 2011

SECRETARIA DE SEGURANÇA REGISTROU 86 MORTES DURANTE O CARNAVAL.

Os índices de 2011 foram praticamente iguais ao do ano passado. Casos de assassinatos lideraram as estatísticas

Oitenta e seis pessoas foram vítimas de mortes violentas (homicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, choques elétricos, suicídios e achados de cadáver) no feriadão do Carnaval, entre as 18 horas de sexta-feira e as 8h de ontem. Os dados anunciados na tarde de ontem pela Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) assemelham-se aos do ano passado, quando 87 mortes foram registradas.

Contudo, os números tendem a crescer pois, na coletiva à imprensa concedida pelos gestores da SSPDS, nas mortes decorrentes de acidentes de trânsito foram computados apenas as das rodovias estaduais e federais, 11 ao todo. De acordo com o delegado Andrade Júnior, coordenador de operações da SSPDS, os dados relativos as ruas e avenidas de todo o Estado são de responsabilidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e não foram repassados ao órgão.Mais uma vez, os homicídios lideraram as estatísticas com 52 casos, sendo 30 no Interior do Estado, 13 em Fortaleza e nove nos Municípios que compõem a região metropolitana. Em 2010 ocorreram 41 assassinatos, dos quais 21 na Capital e região metropolitana e 20 no Interior. O comandante-geral da PM, coronel Werilesik Pontes Matias, ressaltou a redução no número de homicídios em Fortaleza, pela quantidade de pessoas que permaneceu na cidade durante os dias de festejo momino.

Interior

Apesar do efetivo de 1.865 homens reforçando a segurança no Interior, e com a retirada de 33 armas de fogo das ruas, houve um aumento de cerca de 50 por cento nos assassinatos. Contudo, segundo o oficial, as mortes não tiveram ligação com o Carnaval. "Não tivemos nenhum homicídio em região de evento carnavalesco. Esses homicídios que aumentaram decorreram de pontos inatingíveis pelo planejamento (da PM), pois fogem a qualquer tipo de normalidade", disse.

Já na Capital e RMF, o número de policiais nas ruas foi de 2.359. O efetivo foi responsável pela apreensão de 32 armas, a maioria, revólveres e pistolas.

Os procedimentos policiais, segundo a SSPDS, aumentaram em quase 70 por cento com relação a 2010, com 457 autos de prisão em flagrante e Termos Circunstanciados de Ocorrência (T.C.Os.). Entre os registros estão 172 testes positivos de bafômetro realizados pelos homens da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), em um total de 11.525 abordagens nas CEs de todo o Estado.

Apesar do intenso trabalho de fiscalização nas rodovias, foram anotados 78 acidentes, com 71 pessoas feridas e oito mortes. As rodovias que apresentaram maior número de sinistros foram as CEs 040 e 085, com 16 e 21 casos cada.

As duas CEs fazem a ligação da Capital com as praias do Litoral Leste e Oeste. Somente nas duas rodovias, a PRE registrou um volume médio diário que ultrapassou 185 mil veículos. Conforme o comandante da PRE, coronel PM Túlio Studart, "todas as mortes foram resultantes de falhas humanas, como imprudência e imperícia".

Os afogamentos fatais registraram a terceira alta seguida durante o Carnaval, passando de seis em 2009, para nove no ano passado e 12 neste ano. O comandante-adjunto do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Marcos Moreira, afirma que houve uma redução no número de afogamentos em relação ao Carnaval de 2010, baixando de 373 casos para 56 neste ano. Conforme o oficial, isso deve-se, principalmente, pelo aumento de 30 por cento no efetivo e as orientações dos guardas-vida.
Fonte: DN

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