23 de março de 2011

POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ TEM 15 MILITARES VICIADO EM CRACK E 100 DEPENDENTES DE ALCOOL

Polícia Militar tem 15 militares viciados em crack e 100 dependentes de bebidas alcoólicas

O avanço do crack no Piauí dá demonstração de seus tentáculos atingindo em cheio uma das principais instituições de segurança pública do Estado.
Levantamento feito na 9ª Vara Criminal de Teresina aponta que existem na Polícia Militar (PM) 15 militares viciados em crack e 100 alcoólatras.
O sargento da Polícia Militar Cleones, que atua na 9ª Vara Criminal de Teresina, afirma que é possível saber da existência dos policiais militares viciados em crack porque eles desaparecem do trabalho por sete e dez dias em função das complicações com a dependência química, o que é considerado deserção.
A promotora de Justiça atualmente atuando na 9ª Vara Criminal, Clotildes Carvalho, afirma que a Polícia Militar termina prendendo os policiais militares dependentes químicos pelo crime de deserção, quando é aberto o processo criminal.
Clotildes Carvalho tem dado parecer a favor da soltura dos dependentes químicos e dos alcoolistas presos por deserção e está propondo que o Comando da Polícia Militar utilize recursos do Fundo de Saúde, que a instituição possui, para os dependentes de crack e de bebidas alcoólicas.
Apesar do problema de policiais militares ser antigo, os casos de policiais militares viciados em crack é recente. Os militares dependentes químicos atuam como motoristas de viaturas e integrantes de batalhões e até em tropas de elites.
A promotora Clotildes Carvalho disse que tem dado parecer nos processos para que os policiais militares continuem trabalhando na corporação em serviços internos.
“Não é caso de expulsão da Polícia Militar, mas de tratar. Usar os recursos do Fundo de Saúde para fazer o tratamento contra a dependência química. Eu falei com deles, que já tinha deserdado por duas vezes e perguntei se ele queria continuar da Polícia Militar, ele disse que sim e lembrou dos filhos que precisa criar”, falou Clotildes Carvalho.
Ela fala que é preciso que os dependentes em crack e bebidas alcoólicas já que não podem estar dirigindo viaturas porque é muito arriscado e um viciado em drogas pode querer voltar ao vício quando uma operação de apreensão de entorpecentes.
Em um depoimento chocante dado para a juíza da 9ª Vara Criminal de Teresina,Valdênia Moura Marques de Sá, e para a promotora de Justiça Clotildes Carvalho, um soldado da Polícia Militar viciado em crack pediu para não ser encaminhado novamente para tratamento contra a dependência química em um CAPs (Centro de Atenção Psicosocial) porque os traficantes vão para os centros vender drogas para as pessoas que estão em tratamento e elas não conseguem se recuperar.

Nenhum comentário: