Polícia já identificou os suspeitos do assassinato e sabe que um deles atua no tráfico de drogas. As aulas foram suspensas.
O jovem Thiago de Freitas de Menezes, 19, tentou esconder-se dentro de uma escola, mas não conseguiu escapar dos seus matadores. Foi executado, na tarde de ontem, com vários tiros de pistola calibre 380, dentro do Colégio Polivalente Modelo de Fortaleza, situado na Avenida A, no Conjunto Prefeito José Walter. O rapaz, que não estudava na escola, foi perseguido e morto, enquanto centenas de alunos assistiam aula no colégio da rede estadual de ensino.O crime ocorreu por volta das 16 horas, minutos depois que professores e estudante haviam retornado às salas de aula após o intervalo. "Havíamos acabado de voltar para a sala quando ouvimos os tiros. Foram muitos", contou um estudante do 9º ano (identidade preservada).
O coordenador da escola, Leandro Façanha, lembrou que todos ficaram assustados com o barulho (dos tiros) e, quando saíram, encontraram o corpo do jovem caído no estacionamento do estabelecimento de ensino. As aulas foram interrompidas, todos os alunos liberados e a Polícia acionada para o local. Instantes depois do fato, a Avenida K, que dá acesso ao portão do estacionamento, ficou tomada de estudantes e moradores.
Namorando
Conforme testemunhas, Thiago estava com a namorada, identificada apenas como Brigite, na Praça Diogo Vital Siqueira, à cerca de dois quarteirões de onde foi morto, quando dois homens chegaram em uma moto Honda Fan e, um deles, sacou uma pistola. Thiago saiu correndo e foi perseguido pelos acusados, posteriormente identificados como os irmãos ´Netinho´ e ´Eduardinho´, um deles apontado como traficante de drogas.
Tentando escapar da morte, o jovem invadiu a escola pelo portão que dá acesso ao estacionamento. Um dos bandidos desceu da moto, entrou no colégio e efetuou sete disparos contra o rapaz. Conforme o perito criminal Marcelo Albuquerque, quatro deles atingiram o jovem, três na cabeça e um na coxa direita. Ainda de acordo com Albuquerque, os demais tiros acertaram a parede. Sete cápsulas de pistola de calibre 380 foram recolhidas no local e encaminhadas para análise na Pefoce.
O sargento PM Sanderlei Cavalcante, da 1ª Companhia do 6º BPM (Maraponga), afirmou que tudo leva a crer que o crime foi motivado por dívida de drogas. A vítima, inclusive, de acordo com a Polícia, ainda se recuperava de outro atentado ocorrido recentemente.
Segundo os levantamentos realizados pelos policiais ainda no local do crime, Thiago já havia sido preso por roubo em janeiro no dia 12 de janeiro deste ano, mas estava respondendo o processo em liberdade.
Moradores da Avenida K, afirmaram que a escola é insegura, pois o portão por onde Thiago entrou fica sempre aberto, facilitando a entrada de bandidos. Entretanto, o coordenador Leandro Façanha ressaltou que o portão estava aberto porque o fato ocorreu minutos depois do horário de intervalo, quando há saída e chegada de professores.
Fonte: DN
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