7 de fevereiro de 2011

RESGATE NO IPPOO II: ADVOGADOS DOS BANDIDOS SÃO INVESTIGADOS.

A ação criminosa aconteceu quando dois advogados pediram para falar com ladrões do Banco Central.

Dois advogados, cujos nomes estão ainda sendo mantidos em sigilo, estão sendo investigados sobre o resgate de dez presos ocorrido na tarde do último sábado no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II . Ainda na noite de sábado, eles prestaram depoimento no Departamento de Inteligência Policial (DIP).
"Disseram que dois advogados chegaram pedindo para falar com quatro dos dez presos que fugiram, e quando um agente chegou à Vivência Um, foi rendido pelos dez", afirmou, ontem, a diretora daquela unidade prisional, Ruth Leite Vieira.
Além dos dois advogados, foram interrogados no DIP os quatro agentes prisionais que acabaram virando reféns nas mãos dos detentos. Também prestaram depoimentos policiais militares que trocaram tiros com os responsáveis pelo resgate.
O que mais chamou a atenção das autoridades foi a forma como se deu o resgate. Enquanto os estranhos atiravam de fuzil nos policiais militares que estavam na muralha, os detentos estavam armados com pistolas de calibre Ponto 40 (0.40) e rendiam os agentes.

Segundo relatos dos agentes, quem parecia comandar toda a ção dentro do presídio era o assaltante de bancos cearense, Marcos Rogério Machado de Morais, o ´Rogério Bocão´.

Outro detalhe que chamou a atenção das autoridades foi o poderio de fogo dos homens que atiraram contra a PM. Eles usavam fuzis de calibre 5.56, de uso exclusivo das forças policiais.
Durante toda a noite de sábado e a madrugada do domingo, depoimentos foram tomados na sede da Polícia Civil, no Centro, para apurar a fuga dos dez detentos.
A Polícia já não tem mais nenhuma dúvida de que a fuga estava direcionada para dois dos dez bandidos, no caso, o assaltante ´Rogério Bocão´, que participou do furto de R$ 164,8 milhões do Banco Central, em agosto de 2005; e ao assaltante de bancos e carros-fortes, além de sequestrador, Alexandre de Sousa Ribeiro, o ´Alex Gardenal´, parceiro do também assaltante Francisco Fabiano da Silva Aquino, ´Fabinho da Pavuna´.
Sobre a flata de vistorias

"Vistoria nenhuma tira arma de cadeia. O que tira é um trabalho de inteligência", alegou a diretora do presídio sobre a pergunta que disse ser a mais importante: "quem colocou essas armas aqui dentro?".
No momento em que aconteceu a ação, apenas sete agentes prisionais estavam no IPPOO II, o que, segundo a própria diretora, é algo "anormal", pois 600 homens, muitos deles de alta periculosidade (como os resgatados) estão detidos nas instalações do presídio. O tiroteio contra os policiais militares aconteceu depois que todos os sete agentes prisionais foram rendidos pelos criminosos. Eles usavam pistolas Ponto 40 e revólveres 38.
Fonte: DN

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