Segundo o Procurador-geral de Justiça do Estado, há impedimentos legais para que as negociações sejam feitas com os representantes indicados pelos policiais paralisados
A comissão formada por representantes dos três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário) não conseguiu avançar nas negociações para por fim à paralisação de grupos de policiais militares no Ceará.
Em coletiva, após a reunião, na manhã desta sexta-feira (28), os membros do colegiado destacaram que não podem negociar com os nomes indicados pelos PMs amotinados, pois eles não têm legitimidade para fazer qualquer negociação.
De acordo com o presidente da OAB-CE, Erinaldo Dantas, que atua na comissão como observador, o nome anteriormente indicado como interlocutor, o advogado e coronel reformado do Exército Walmir Medeiros, foi rejeitado logo em seguida pelos policiais, que queriam um dos líderes do movimento para representá-los, o ex-deputado federal Cabo Sabino.
Sabino, contudo, foi afastado da Corporação pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD), no dia 21 deste mês, por “incapacidade moral do mesmo de permanecer nos quadros” da Segurança Pública do Estado. Assim, de acordo com a comissão, há uma "limitação do ponto de vista institucional" para que ele seja esse representante.