Quantas centenas de pessoas
são abordadas pela polícia todos os dias sem que nenhum tipo de excesso
aconteça? Não acho justo que julguem a corporação inteira da Polícia Militar
pelo ato de um único de seus integrantes. Na ampla maioria dos casos, o
treinamento que os militares recebem funciona.
Ademais, generalizações
deste tipo carregam quase sempre três características: preconceito, extrema
parcialidade e ignorância.
Preconceituosa porque
antecipa um juízo negativo sobre o caráter e a atuação de milhares de
servidores fardados do estado pelo comportamento de um só. A polícia é, através
de tal preconceito, nivelada por baixo, quando o justo seria observar a enorme
quantidade de pequenos e grandes exemplos diários de coragem e destemor que há
dentro da corporação no exercício desta atividade de altíssimo risco, na qual
boa parte dos seus críticos mijariam nas calças antes do fim do primeiro dia de
serviço.
Extremamente parcial porque
aplica a um grupo de servidores um padrão de avaliação que não aplica a todos
os outros. Se a polícia toda merece ser julgada pelo comportamento de um só de
seus integrantes, o mesmo padrão deveria valer para todos os demais grupos de
trabalhadores. Assim fosse, todos os grevistas das centrais sindicais seriam vagabundos
violentos (assim como são tachados os pm's quado paralisam). Sabemos que tal conclusão seria absurda. Não vale nem para os grevistas e nem
para a polícia.